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Inteligência artificial analisou mais de 11 mil relacionamentos e foi isso que ela encontrou

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inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que possibilita que máquinas adquiram conhecimentos, por meio de experiências, se adaptem às condições e consigam desempenhar tarefas como os seres humanos. Conforme o tempo vai passando, as máquinas vão ficando cada vez mais inteligentes. Elas podem aprender e tomar decisões sozinhas. Existem até mesmo máquinas que sonham, leem palavras no cérebro das pessoas e se desenvolvem para serem pintores.

Um experimento inédito foi feito com IA a respeito de relacionamentos românticos com base em dados de milhares de casais. E ela conseguiu identificar os principais aspectos que fazem com que as pessoas se sintam positivas sobre o relacionamento. As descobertas mostram que a felicidade romântica é muito mais do que simplesmente com quem você está.

Pesquisa

Os pesquisadores fizeram uma análise de aprendizado de máquina dos dados coletados de mais de 11 mil casais. E descobriram que as características específicas do relacionamento, que eram avaliações pessoais do próprio relacionamento, eram aspectos mais poderosos da qualidade do relacionamento em geral do que as variáveis que se baseavam nas características individuais.

Ou seja, o tipo de relacionamento que a pessoa constrói com o parceiro pode ser mais importante para a felicidade do que qualquer uma das suas características individuais. As características que foram analisadas no estudo foram coisas como grau de satisfação de uma pessoa com a vida, a ansiedade ou então se o casamento dos pais das pessoas deram certo.

“As variáveis ​​específicas dos relacionamentos foram cerca de duas a três vezes mais preditivas que as diferenças individuais. O que acho que se encaixaria nas intuições de muitas pessoas. Mas a parte surpreendente é que, depois de ter todos os dados específicos do relacionamento em mãos, as diferenças individuais desaparecem em segundo plano”, disse a pesquisadora e psicóloga Samantha Joel, da Western University, no Canadá.

Relacionamentos

A ciência do relacionamento já existe há décadas. E já produziu grandes quantidades de teoria psicológica sobre o que faz e não faz para que os casais sejam felizes. Mas os pesquisadores dizem que um desafio fundamental é juntar dados cumulativos  em uma escala maior para que as descobertas em estudos menores sejam reforçadas.

E uma solução poderia ser a IA que tem uma capacidade de filtrar grandes quantidades de dados coletados em laboratórios. Em um novo estudo, Joel e sua equipe usaram essa abordagem. E usaram um sistema de aprendizado de máquina chamado random forests.

A técnica analisou principalmente as medidas autorreferidas coletadas de 11.196 casais em 43 conjuntos de dados separados. Com isso foi determinado que tipo de variáveis relatadas pareciam ter mais importância nos termos de previsão para a qualidade do relacionamento.

“Os resultados revelaram que as variáveis ​​que capturavam as próprias percepções do relacionamento, por exemplo, conflito, afeto, previam até 45% da variação na qualidade do relacionamento no início de cada estudo”, escreveram os pesquisadores.

As variáveis específicas que previram com mais precisão a qualidade do relacionamento ou seja, as mais confiáveis foram: comprometimento percebido do parceiro, apreciação, satisfação sexual, satisfação percebida do parceiro e conflito.

Variáveis

Já as variáveis relacionadas às características individuais, como por exemplo indo de traços de personalidade a idade e sexo, explicaram no máximo 21% da qualidade do relacionamento.

“Experimentar afeto negativo, depressão ou apego inseguro são certamente fatores de risco para o relacionamento. Porém, se as pessoas conseguirem estabelecer um relacionamento caracterizado por apreciação, satisfação sexual e falta de conflito, e perceberem que seu parceiro é comprometido e receptivo, esses fatores de risco individuais podem ter pouca importância”, escreveram.

E por mais que existam vários insights estatísticos em potencial, as descobertas são resumidas em uma verdade que é bastante simples.

“Realmente, isso sugere que a pessoa que escolhemos não é tão importante quanto o relacionamento que construímos. A dinâmica que você constrói com alguém, as normas compartilhadas, as piadas, as experiências compartilhadas, é muito mais do que os indivíduos separados que compõem esse relacionamento”, concluiu Joel.

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