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Isso é o que acontece quando um golfinho brinca com um baiacu

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Poderia ser apenas mais uma brincadeira despretensiosa entre duas espécies. Afinal, amizades inesperadas são bastante comuns no reino animal. Porém, pesquisadores descobriram um motivo bem peculiar, que justifica a interação entre um grupo de golfinhos jovens e um peixe baiacu. Eles não estavam apenas brincando e se divertindo, eles estava fazendo isso, para ingerir a toxina liberada pela pele do baiacu. Mas por quê? Isso que é o mais interessante e peculiar dessa situação. Essa toxina libera uma sensação semelhante ao efeito de narcóticos. Ou seja, os golfinhos estavam chapando as custas do peixinho.

Esse comportamento foi notado através de imagens capturadas pela BBC para um documentário sobre a vida marinha. No vídeo, é possível ver os golfinhos usando um baiacu como brinquedo, mas que na verdade tinha uma intenção bem peculiar por trás. A sensação, causada por essa toxina, deve ser muito compensatória, já que os animais pareciam eufóricos no vídeo. O baiacu em contrapartida, não deve ter gostado muito da “brincadeira”.

A brincadeira

Em um dos episódios da série documental “Espiões da Natureza”, da BBC, uma equipe de documentaristas acompanha um grupo de golfinhos machos adolescentes. A ideia e acompanhar o que eles fazem e entender o seu comportamento. Depois de serem expulsos da família pelas golfinhas devido ao comportamento “rebelde’, os jovens machos saíram sem rumo desbravando as profundezas do oceano.

Para se aproximar dos golfinhos e registar os seus caminhos, a equipe usou “animais espiões” robôs com câmeras que parecem um baiacu e uma tartaruga. O grupo de golfinhos deu um pouco de trabalho ao robô baiacu até encontrar um exemplar real do peixe. Foi nesse momento que ficou claro o porquê deles gostarem tanto de brincar com o peixe.

A pele de baiacu contém uma neurotoxina especial chamada tetrodotoxina. Essa substância é, potencialmente, fatal para os seres humanos. No entanto, os especialistas dizem que mastigar a pele do baiacu pode fazer com que o golfinho fique levemente tonto. Aparentemente, criando um efeito bem parecido ao THC, encontrado em plantas do gênero Cannabis.

Animais chapados

As imagens mostram os golfinhos jogando o baiacu para dentro e fora da água, carregando-o na boca enquanto nadam. Quase como um brinquedo mesmo. E quando eles finalmente se cansam da brincadeira, o baiacu é visto aparentemente ileso, porém desorientado.

Segundo a New Scientist, os golfinhos não são os únicos animais que usam o ambiente para se intoxicar. Novas pesquisas já vem sugerindo que esse comportamento é algo natural de se fazer no reino animal. Na Tasmânia, há relatos de wallabies – uma espécie de marsupial – usando ópio para ficar chapado.

Ainda segundo relatos, o país é um dos principais produtores de papoulas que são cultivadas para seres usas por empresas farmacêuticas. Essas pápulas são usadas na produção de vários tipos de analgésicos à base de opioides, como a oxicodona, hidrocodona, codeína e morfina.

Os wallabies foram pegos comendo papoulas para criar um efeito narcótico. O que consequentemente causou vários problemas na cidade. “Temos um problema com cangurus entrando em campos de papoulas, ficando tão chapados quanto uma pipa e andando em círculos”, disse o procurador-geral do país.

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