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Já temos a primeira vacina contra o coronavírus do mundo registrada. Veja o que se sabe até agora e suas polêmicas

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Estamos vivendo a pandemia do coronavírus há meses já. Por ser um vírus mortal, as autoridades de todo mundo estão se mobilizando com a situação e tentam conter o surto. A propagação desse novo tipo de coronavírus, tanto pela Ásia, como em outros continentes, deixou o mundo todo em estado de alerta.

Desde a sua identificação, ele já fez várias vítimas e infectou inúmeras pessoas. E os números não param de crescer. E na urgência de tentar conter o mais rápido possível a pandemia de coronavírus, laboratórios do mundo inteiro estão se mobilizando em busca de uma vacina eficaz contra a COVID-19.

Vacina

E na terça-feira dessa semana (11), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou em uma coletiva de imprensa que o país registou a “Sputnik V”. Ela é a primeira vacina contra o COVID-19 do mundo. Ela foi desenvolvida nacionalmente pelo Instituto de Pesquisas Gamaleya.

Mesmo que essa seja a primeira vacina contra o novo coronavírus, há meses, a comunidade científica e as autoridades de saúde do mundo têm levantado dúvidas a respeito da pesquisa e dos testes feitos com ela.

“A vacina funciona, é razoavelmente eficaz e cria uma imunidade sustentável”, declarou o presidente. Ele disse que o composto passou por todos os testes necessários. E que uma das suas filhas tomou a vacina. Putin não falou qual filha foi. Mas disse que ela teve febre depois de tomar a vacina, mas que o efeito colateral logo desapareceu.

“Após a primeira injeção da vacina, a temperatura dela chegou a 38°C. No dia seguinte ficou pouco acima de 37°C e é isso. Após a segunda dose, a temperatura também subiu um pouco, aí voltou ao normal e ela se sente bem”, disse.

Possibilidades

Depois do anúncio feito na Rússia, o governo do Paraná disse que tem em vista um acordo com o país. E de acordo com Jorge Callado, diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), o acordo ainda está na fase inicial. Ele disse que várias reuniões e trocas de informações devem acontecer até que o acordo seja oficializado. Além de aguardar dados sobre os testes feitos na Rússia.

“Não existirão compromissos de produção firmados enquanto essas etapas de testes não forem validadas, consolidadas e liberadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa”, afirmou Callado. E dependendo do que os órgãos falarem a respeito da vacina, novos testes podem ser feitos aqui no Brasil.

“Caso os resultados sejam satisfatórios, positivos, existe a possibilidade de se pleitear um registro chamado registro-clone. Agora, caso não, existe a necessidade de replicar a fase de testes no Brasil, principalmente a fase três”, explicou.

De acordo com o dito pela agência de notícias russa Tass, desde julho vários países teriam mostrado interesse em encomendar doses da vacina, incluindo o Brasil. E até segunda-feira da semana passada, cinco países estavam trabalhando ativamente em colaboração com a Rússia para a produção da vacina.

Desconfiança

Por mais que o anúncio de uma vacina seja animador, os testes feitos com ela tem sido alvo de questionamento pela maior parte da comunidade científica e da própria Organização Mundial da Saúde (OMS). E as desconfianças e questionamentos se baseiam em três pontos.

Primeiro, os dados sobre os estudos não são claros. Nesses últimos meses, notícias sobre a vacina foram divulgadas por declarações do governo russo. Mas os dados só são confiáveis se os critérios científicos forem respeitados e estiverem claros para a análise. Coisas que o governo russo não compartilhou.

Segundo, a falta de transparência nos testes. No site da OMS, que sempre atualiza os documentos a respeito das iniciativas de busca pela vacina, apenas seis das 200 iniciativas de vacinas estão na fase 3, que é a fase final de testes. E a vacina russa não é uma delas. Mas o país afirma que os estudos clínicos foram finalizados em 1º de agosto. Enquanto nos documentos da OMS a vacina ainda está registrada na fase 1.

E o terceiro ponto é o registro antes da fase 3. Além da falta de transparência e informações que não batem, a afirmação de que a fase 3 começará no dia 12 de agosto mostra que ela foi registrada antes da última etapa. Por todos esses motivos a desconfiança a respeito da vacina russa é grande.

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