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Do MCU para o mundo: o legado de Chadwick Boseman, o Pantera Negra

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Em fevereiro de 2018, o Universo Cinematográfico Marvel apresentava Pantera Negra ao mundo. O super-herói foi criado em 1966, mesmo ano em que o partido responsável por inspirar seu nome foi fundado. No entanto, o mesmo não era tão familiar ao público geral. Felizmente, tudo mudou quando Chadwick Boseman assumiu o manto do Rei de Wakanda no filme de Ryan Coogler. Superando toda e qualquer expectativa, o longa se mostrou um sucesso crítico e financeiro. Contudo, muito além disso, Pantera Negra foi responsável por ocasionar um impacto social inimaginável; abriu portas para a representatividade negra nas telas e iniciou uma quebra de estereótipos que vêm sendo reforçados por anos. Em suma, a importância cultural dessa obra é indescritível. Podemos dizer o mesmo do peso que T’Challa teve, tem e continuará tendo para essa e futuras gerações.

Sendo assim, foi um tanto quanto chocante e entristecedor quando nos deparamos com o anúncio da morte de Boseman. O astro, de apenas 43 anos, faleceu após passar quatro deles lutando contra um câncer no cólon. Isso significa que todos seus filmes no MCU foram gravados enquanto o ator realizava cirurgias e quimioterapia. Além dele e de seus familiares, ninguém mais sabia da doença. De qualquer forma, como muito bem pontuado por Load Comics, do Omelete, Boseman não perdeu a batalha contra o câncer, mas nos ensinou a lutar.

Em um discurso no SAG Awards, o astro falou sobre seu trabalho em Pantera Negra. “Nós sabíamos que tínhamos algo especial que nós queríamos dar ao mundo; que nós poderíamos ser seres humanos mais completos nos papéis que estávamos interpretando; que poderíamos criar um mundo que exemplificasse o mundo que queremos ver”, disse Boseman. Contudo, muito além da mudança nas telas, o astro desempenhou um importante papel na luta fora delas.

O impacto sociocultural de Pantera Negra

Como muito bem pontuado por Gus Fiaux, do Legião de Heróis, a importância de Pantera Negra transcende a sétima arte. Além de abordar questões referentes à visibilidade negra e equidade, o longa se tornou um serviço de utilidade pública. Só para ilustrar, diversas campanhas foram realizadas com o intuito de arrecadar dinheiro para que aqueles que realmente precisavam testemunhar a performance de Boseman, pudessem fazê-lo. Dessa forma, o denominado Desafio do Pantera Negra, arrecadou mais de 400 mil dólares que foram convertidos em ingressos para que crianças da periferia pudessem conferir o filme. Segundo Frederick Joseph, autor responsável por iniciar a campanha, “todas as crianças merecem acreditar que são capazes de salvar o mundo”.

Load Comics também participou dessa iniciativa aqui no Brasil. Além disso, o YouTuber reforçou a importância do personagem de Boseman. “Se hoje muitos garotos negros de periferia de qualquer país têm como herói favorito o Pantera Negra, falo com tranquilidade que foi em virtude da grande interpretação de Chadwick Boseman, que nos trouxe honra, nobreza e mostrou que o preto é rei dentro do nosso próprio mundo. Sua postura imponente como o Rei de Wakanda foi inspiração para muitos e vai continuar sendo cada vez mais”.

Chadwick Boseman para além de Pantera Negra

Além de seu extremamente significativo papel como Rei de Wakanda, Boseman possui uma influência e importância além do imaginável para a sociedade. Através de sua arte, o astro conseguiu contar histórias que precisavam ser vistas e assimiladas. Nischelle Turner, correspondente do CNN, compartilhou que costumava brincar com Boseman e dizer que “se houvesse um homem negro icônico na história americana, ele o interpretaria”. Em seguida, a jornalista lembrou que o astro já encarnou inúmeras personalidades da cultura estadunidense ao longo de sua carreira: Jackie Robinson, em 42 – A História de uma Lenda, onde ele viveu o primeiro negro a disputar a Major League de Baseball; Thurgood Marshall, em Marshall, onde ele incorporou o primeiro juiz afro-descendente da Corte Suprema Americana; e James Brown, em Get on Up, onde teve sua performance aclamada ao viver uma das maiores personalidades negras na música mundial.

Sem dúvidas, Chadwick Boseman ainda tinha muito o que ensinar e compartilhar com o mundo. No entanto, assim como sua influência e sua luta foram além das telas, seu legado transcenderá a história. Registramos aqui nossos mais sinceros sentimentos e reforçamos nossa gratidão pela oportunidade de viver na mesma época que esse verdadeiro super-herói.

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