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Lobos adultos se apegam às pessoas da mesma forma que cachorros

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Não há dúvidas de que o cão é, de fato, o melhor amigo do homem. Todas as pessoas que dizem ter um cachorro em casa sempre falam sobre a lealdade do bichinho. Não importa o que você seja, suas crenças religiosas, seu lado político ou alguma coisa do passado. Esses seres sempre estão dispostos a dar todo o amor do mundo. Nada melhor do que chegar em casa após um dia cansativo e se deparar com um cachorro nos esperando, cheio de felicidade.

O relacionamento dos humanos com os cães é antigo. E algumas das suas melhores características podem já terem existido nos ancestrais selvagens desses animais. Como por exemplo, a capacidade de formar ligações profundas, duradouras e emocionalmente dependentes com os humanos.

Para comprovar isso, a equipe de pesquisadores da Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, fez a comparação do comportamento d  lobos cinzentos criados por pessoas e cachorros.

“Os cães procuram proteção de seus donos sob ameaça ou ficam mais calmos em novas situações quando o dono está presente, mas mostram sinais de estresse em sua ausência. Estávamos nos perguntando se os lobos adultos intensamente socializados mostram pelo menos algumas características do comportamento de apego em relação a seus tratadores”, disse a etologista Rita Lenkei.

Estudo

Os critérios usados para medir esse tipo de apego foram a preferência por um indivíduo, em relação a outro; sentir-se seguro o suficiente para explorar quando o indivíduo preferido está presente; sinais de estresse ao sair; tentativas de restabelecer contato, e comportamento de saudação intenso na reunião.

Nos testes, os lobos cinzentos tiveram esse comportamento assim como os cachorros. Quando eles eram deixados em lugares estranhos por seus tratadores eles choravam, ficavam ofegantes e lambiam os lábios, o que é um sinal de estresse.

Além disso, os lobos também exploraram a nova área quando seu tratador estava junto. Isso mostra que eles se sentem mais seguros quando o humano está presente.

Esse experimento também esclareceu essa natureza da relação entre os caninos e os humanos. Os pesquisadores concluíram que, como o tratador não foi quem originalmente criou o filhote de lobo o vínculo foi formado mais tarde. Se comparado a um vínculo de mãe e filho.

Vínculo

“Esses resultados levantam a possibilidade de que o apego aos humanos nos cães possa ter se originado do vínculo social entre os membros da matilha, que possui uma estrutura social muito semelhante à das famílias humanas, em que vivem os cães de companhia hoje”, explicaram os etólogos no seu estudo.

“Devemos ter em mente que embora durante nosso teste eles tenham mostrado comportamento semelhante, estamos falando de espécies distintas, e o cachorro não é apenas um lobo domesticado. Enquanto o lobo nunca se tornará um animal de estimação”, ressaltou Lenkei.

Quando o ancestral em comum dos lobos e cachorros começa a mudar é que a coisa fica mais intrigante. A análise genética diz que as espécies podem ter seguido caminhos diferentes há 40 mil anos.

Nesse tempo, os cachorros desenvolveram a capacidade de se relacionarem com humanos em qualquer idade. Tanto que, nesse experimento, eles mostraram mais atração por todos os humanos envolvidos do que os lobos.

“As mudanças durante a domesticação são quantitativas, ao invés de qualitativas”, disse a equipe.

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