Ciência e Tecnologia

Mais da metade do gelo permanente do Ártico se desfez no últimos anos

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Segundo uma nova pesquisa da agência espacial estadunidense, a NASA, o gelo do oceano Ártico está mais fino e mais vulnerável do que nunca. Eles utilizaram dados coletados por satélites e sonares submarinos e descobriram que 70% da cobertura de gelo atual consiste em gelo sazonal, ou seja, derrete em questão de um ano, ao invés da formação de gelo permanente.

Independente do gelo sazonal se formar mais rápido e cobrir uma região maior, ele não substitui o gelo permanente e seu volume. Devido a tais condições, o gelo sofrerá muito mais com a ação do vento e do clima, podendo derreter muito mais facilmente durante o verão, afetando diretamente as temperaturas das estações e dos oceanos, também devido ao aquecimento global. O estudo foi publicado na Environmental Research Letters.

O gelo permanente

“A espessura e a cobertura de gelo no Ártico são agora dominadas pelo crescimento, derretimento e deformação do gelo sazonal”,  disse Ron Kwok,  principal autor e cientista da NASA. O gelo não se comporta de forma igual. A cada estação, a quantidade e a qualidade desse gelo flutuante nas águas do Ártico mudam.

O gelo permanente geralmente persiste por mais de dois anos e possui características singulares. Sendo mais espesso e mais forte do que o gelo sazonal que, comumente derrete no verão e possui cerca de 2 metros de espessura. O gelo permanente também é menos salino, e possuindo menos sal, tente a derreter menos.

Segundo o estudo da NASA, desde 1958, a cobertura de gelo do Ártico perdeu dois terços da espessura e teria encolhido quase 2 milhões de quilômetros quadrados. Não temos um recorde de gelo marítimo desde 2012 e isso pode ser ainda menos provável de acontecer no futuro com o planeta neste ritmo de aquecimento.

As consequências

Essas alterações no volume e na qualidade da cobertura do gelo do Ártico fez com que a região se tornasse ainda mais sensível às mudanças climáticas, alterando os padrões climáticos locais. Em 2013, a proporção de gelo sazonal era tamanha que os ventos empurraram o gelo para costa, tornando-o mais espesso por meses.

Antigamente, era raro ver o gelo no Ártico derreter, porém, com as temperaturas no polo norte aumentando, grandes quantidades de gelo antigo estão derretendo no oceano, colocando em sério risco a região e seus ecossistemas.

“A combinação de gelo fino e ventos quentes do sul ajudou o gelo a quebrar e a derreter nesta região. A falta de gelo afeta o ecossistema por vários motivos. Para começar, a água exposta absorve a luz solar e aquece o oceano, o que afeta a rapidez com que o gelo crescerá no outono seguinte, afetando também o ecossistema local, como populações de focas e ursos polares que dependem de gelo mais espesso e coberto de neve para desovar e caçar” afirmou Melinda Webster, pesquisadora de gelo marinho da NASA.

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