Ciência e Tecnologia

Mais de 80 buracos negros foram detectados no chamado Universo Primitivo, entenda

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Se você tem curiosidade de saber como são os buracos negros, essa simulação feita por cientistas pode te dar uma ideia, confira aqui. A novidade agora fica por conta de uma nova descoberta,n a qual astrônomos encontraram 83 quasares, alimentados por buracos negros supermassivos que remetem aos primórdios do Universo, quando ele tinha menos de 10% de sua idade atual.

A descoberta mostra que tais objetos eram mais comuns no início dos tempos do que imaginávamos anteriormente, e acaba desafiando todo o nosso modelo cosmológico.

Os quasares estão entre os objetos mais brilhantes dos Universo, e são núcleos galácticos excepcionalmente luminosos, alimentados ativamente por buracos negros supermassivos. Enquanto seu material gira em torno do buraco negro, seu atrito cria uma radiação tão intensa, que pode ser vista mesmo a bilhões de anos-luz de distância.

O novo estudo

Buracos negros supermassivos podem ter bilhões de vezes a massa do sol, para chegar a essas proporções, pois é um processo que leva bastante tempo e exige grandes quantidades de matéria, a nova pergunta agora é, como todos esses quasares surgiram tão cedo na história do Universo?

“Compreender como os buracos negros podem se formar no início do Universo, e quão comuns eles são, é um desafio para nossos modelos cosmológicos”, explica o astrofísico Michael Strauss, da Universidade de Princeton, que ficou surpreso com a descoberta, “É notável que tais objetos densos tenham sido capazes de se formar logo após o Big Bang”.

Já era de conhecimento dos cientistas que havia quasares na época, porém não eram muitos. O mais velho que já tinha sido encontrado remota a cerca de 690 milhões de anos após o Big Bang, quando o Universo tinha cerca de cinco por cento da idade que tem hoje, alguns outros mais novos.

No entanto, esses eram considerados relativamente raros. Então astrônomos do Japão, Taiwan e os Estados Unidos estenderam as buscas, usando dados do Hyper Suprime-Cam montando no telescópio Subaru, localizado no Havaí.

Usando essa tecnologia moderna, eles puderam procurar quasares menores do que aqueles descobertos anteriormente. O quasar mais antigo que eles encontraram foi de 13,05 bilhões de anos-luz de distância do segundo quasar mais distante já encontrado.

A descoberta

Estima-se que o Universo tenha cerca de 13,8 bilhões de anos, e acredita-se que as primeiras estrelas não apareceram até cerca de 500 milhões de anos após o Big Bang. Essa estimativa deixa apenas alguns milhões de anos para os quasares se formarem.

A nova pesquisa sugere que esses objetos eram bastante abundantes naquele período. Eles localizaram candidatos a quasares nos dados do HSC, e então direcionaram a pesquisa a fim de encontrar assinaturas de luz, ou espectros desses objetos.

Esses espectros revelaram os 83 novos quasares. Juntando com os 17 quasares já conhecidos na região analisada, a equipe calculou que existe aproximadamente um quasar para cada ano-luz cúbico, isso significa, um cubo de espaço com um bilhão de anos-luz por lado.

“Os quasares que descobrimos serão um assunto interessante para futuras observações com instalações atuais e futuras”, disse o astrônomo Yoshiki Matsuoka, da Universidade de Ehime, no Japão.

Os novos dados nos ajudarão a entender mais sobre a formação de buracos negros supermassivos no surgimento do Universo. A equipe continuará a busca por outros quasares, possivelmente ainda mais antigos. Isso poderia ajudar os cientistas a descobrir quando surgiram os primeiros buracos negros no Universo.

“Também aprenderemos sobre a formação e evolução inicial de buracos negros supermassivos, comparando a densidade numérica medida e a distribuição de luminosidade com previsões de modelos teóricos”, explica Matsuoka.

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