História

Na Grécia Antiga, a matemática era considerada um presente dos deuses

Na Grécia Antiga, a matemática era considerada um presente dos deuses
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Estamos há tanto tempo vivendo com a matemática, que é difícil imaginar a vida sem ela, e isso também vale para aqueles que não são muito bons em contas numéricas. Isso porque a matemática está em tudo a nossa volta. Dessa forma, muitos já se perguntaram: como surgiu a matemática? Ou ainda, de onde ela veio? Hoje, podemos encontrar uma série de respostas para essas questões. No entanto, na Grécia Antiga, a matemática era considerada um presente dos deuses.

Para Pitágoras, por exemplo, não havia dúvidas a respeito da origem da matemática. Assim, caso alguém questionasse o filósofo, ele e seus seguidores logo responderiam que a matemática, nada mais é do que: um presente dos deuses para os humanos.

Por que os gregos eram tão apaixonados pela matemática?

Na época, muito do fascínio pela matemática se dava em decorrência da música. Nesse sentido, experimentos musicais demonstravam que a música era criada com base em sons emitidos em proporções numéricas. Além disso, a matemática também estava presente em outros aspectos de suas vidas, e claro, não podia ser coincidência. Para Pitágoras e seus seguidores, mais do que um presente, a matemática chegou a ser considerada uma forma de aproximação ou um portal para o mundo dos deuses.

De acordo com o músico e matemático, os experimentos realizados pelo filósofo ajudaram a entender as notas musicais. “Qualquer som que você ouve é produzido por algo que está se movendo. Se você faz uma corda vibrar, ela produz um som”, afirma Sparks. “O que os gregos perceberam é que você pode fazer a corda vibrar duas vezes mais rápido, reduzindo seu comprimento pela metade”, completa o pesquisador.

Logo, com bem sabemos, caso uma corda seja tensionada em um ponto, uma nota será produzida. Dito isso, caso a mesma corda seja pinçada na metade do seu comprimento, ela estará imobilizada e, ao ser tensionada novamente, a outra metade irá vibrar. Com isso, uma nova nota será produzida. “Isso é o que chamamos de oitava. Na oitava, a relação de frequência é de dois para um”, afirma Sparks.

Experimentos feitos por Pitágoras e seus seguidores

Tendo em mente a teoria básica de produção de notas, Pitágoras e seus seguidores experimentaram novas frações. Com isso, eles descobriram divisões em proporções progressivas, que produziam sons harmoniosos e agradáveis. Porém, caso utilizassem proporções complexas e inexatas, o som que saía da corda era desagradável. Assim, os seguidores da Escola Pitagórica deduziram que a razão para a existência desses padrões seria revelar o reino dos deuses.

Como nos lembra o crítico musical Ricardo Rozental, “para Pitágoras e seus seguidores, era importante descobrir o princípio que ordenava tudo, e eles o encontraram nos números“. Com isso, “eles explicaram as proporções em que se podia produzir sons agradáveis e com os quais era possível fazer uma música atraente ao ouvido e, consequentemente, favorecesse o espírito e a inteligência”, completa.

Muito tempo depois, no século XIX, o cristianismo adotou diversos princípios que se originaram com esse pensamento. Logo, notas com intervalo de segunda foram excluídos dos cânones musicais da Igreja. Além disso, musicas que o utilizassem eram consideradas uma intervenção do demônio. Esse pensamento somente começou a mudar com Nicoló Paganini, um violinista que desconstruía parte desses conceitos e suas composições.

Hoje, nosso gosto musical e até o nosso ouvido entende compreende uma gama muito maior de diversidade numérica do que foi entendido em 6 a.C.. Com isso, podemos apreciar uma amplitude muito maior de sons e produções musicais.

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