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Mesmo com dificuldades para andar, senhor de 95 anos vai de ônibus a protesto contra racismo

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Podemos dizer que racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais vinculadas às diferenças biológicas entre povos. Muitas vezes, toma a forma de ações sociais, práticas ou crenças, ou sistemas políticos que consideram que diferentes raças devem ser classificadas como inerentemente superiores ou inferiores, de acordo com as suas características.

Todos sabem que o racismo está presente no nosso dia a dia, mesmo pessoas acreditando que vivemos em um mundo de igualdade. Basta olhar e ver que pessoas negras são a maioria nas prisões, são minoria no mercado de trabalho e em cargos de liderança, além de serem também os que recebem menos.

Mesmo assim, muitos insistem em dizer que o racismo não existe, mas sim, ele existe e há várias formas de provar isso. O que é conhecido como racismo velado, trata-se daquele preconceito que todos carregamos, mas que fingimos não ver. É o que te faz pensar que, por ser negro, latino, índio ou muçulmano uma pessoa não é tão qualificada quanto uma pessoa branca ou com outras origens. Mas isso é o que as pessoas pensam, mas não dizem e por isso, é conhecido como velado, porque não é admitido.

E essa prática faz com que as pessoas se iludam achando que, com o passar dos tempos, nós estejamos caminhando para um mundo sem racismo. O que está longe de ser verdade. Vários atentados acontecem por motivações racistas também. Como foi o caso do que aconteceu na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia.

O atentado deixou 50 mortos e chocou o país. Inclusive um veterano da Segunda Guerra Mundial, de 95 anos, identificado como John Sato. Ele fez questão de ir demonstrar o seu apoio à comunidade muçulmana, comparecendo a um protesto contra o racismo.

Para chegar até o local do protesto, ele teve que pegar quatro ônibus. Em uma entrevista, Sato disse que ele não está acostumado com o mundo moderno porque raramente sai do seu bairro.

Crimes

Mas os crimes de ódio, que aconteceram no dia 15 de março, não deixaram o homem ficar em casa e sem fazer nada. “Fiquei acordado a noite inteira e não durmo bem desde então. Achei triste demais. Você consegue sentir o sofrimento de outras pessoas”, disse.

Um dos principais suspeitos pelo ataque era um simpatizante da extrema-direita e anti-imigração. O veterano se identifica como euroasiático porque sua mãe era escocesa e seu pai japonês. Ele reforça a importância de cuidar das outras pessoas. E isso, independentemente de sua etnia.

“Foi uma grande tragédia, mas há um outro lado. Isso uniu as pessoas, independente da raça. Elas começaram a perceber que somos todos um só, precisamos cuidar uns dos outros”, ressalta.

Manifestação

Foram várias vigílias em todo o país e Sato decidiu ir à mesquita mais perto de sua casa. E mesmo assim, ela fica a cerca de 15 minutos de ônibus. Depois de chegar lá, ele foi para uma grande manifestação que estava acontecendo a 50 minutos de distância.

Ele conseguiu completar o trajeto de quatro viagens de ônibus com a ajuda de outros passageiros. E a polícia local ainda ofereceu a John Sato água e uma carona de volta para casa.

O homem é viúvo e perdeu sua filha única em 2018. Ele lutou contra o Japão na Segunda Guerra Mundial. Segundo o próprio, ele era um dos dois únicos soldados descendentes de japoneses que serviram o exército.

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