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Um grupo de pesquisadores afirmou estar se aproximando da descoberta de monopolos magnéticos, ou seja, polos magnéticos isolados, sem seus opostos.
Se conseguirem, isso pode encerrar um debate de dois séculos sobre a possibilidade dessa ideia.
A existência dos monopolos magnéticos é uma teoria antiga, mas nunca foi comprovada. Agora, em dois novos estudos, pesquisadores indicaram que estão próximos de encontrá-los.
Se tiverem sucesso, os monopolos podem fornecer insights importantes para entender o Universo.
Como funciona?
Via UOL
Os ímãs sempre exibem um par de polos opostos, conhecidos como norte e sul. Mesmo que sejam divididos, novos polos magnéticos surgem de maneira a garantir que os novos ímãs tenham sempre um par.
Contudo, no século 19 surgiu a questão se seria possível extrair um único polo sem o seu par.
Desde então, os pesquisadores têm especulado sobre a possibilidade da existência de monopolos magnéticos.
Atualmente, a teoria foi tão bem elaborada que os físicos teóricos acreditam na sua existência, já que poderiam explicar a quantização da carga elétrica.
Entretanto, os experimentadores ainda não encontraram evidências conclusivas de sua realidade. Ou seja, permanece no campo das ideias, mesmo com provas sólidas.
Novos estudos sobre monopolos magnéticos
Desde 2012, os pesquisadores da colaboração Monopole and Exotics Detector (MoEDAL) têm usado a aniquilação de partículas do Large Hadron Collider (LHC) na busca por monopolos magnéticos.
Agora, em duas novas publicações, eles identificaram indícios sugerindo que a produção desses monopolos pode ocorrer através de fótons virtuais.
Essas são partículas responsáveis por transportar a força eletromagnética entre dois portadores de carga, mas que não existem como partículas livres.
Acredita-se que os monopolos possam surgir a partir dessas partículas de duas maneiras distintas: pela fusão de dois fótons virtuais ou pelo processo Drell-Yan, que envolve apenas um desses fótons.
No primeiro artigo, os pesquisadores se concentraram em estabelecer os limites mínimos de massa que um monopolo poderia possuir.
Por outro lado, no segundo artigo, os monopolos são abordados de forma distinta, sendo procurados aqueles gerados pelo mecanismo teórico de Schwinger, quando íons de elementos pesados foram colididos durante a primeira aniquilação de partículas no LHC.
A pesquisa sugere que os monopolos podem ter sido criados durante a aceleração de partículas e podem ter ficado retidos e esquecidos em alguma região do colisor, mas até o momento nenhum foi encontrado.
Contudo, os pesquisadores conseguiram estimar que a produção deles exigiria uma quantidade significativa de energia, com massas superiores a 80 bilhões de elétrons-volts.
Via Unsplash
Resultados
Pode não parecer, mas estar mais próximo da descoberta dos monopolos magnéticos traz uma potencial revolução para o mundo da ciência, especialmente com uma Grande Teoria Unificada que integre a mecânica quântica e a gravidade.
Confirmar a existência dessa teoria é o primeiro passo para validar propostas como cargas isoladas e a relação entre eletromagnetismo e outras forças fundamentais da natureza. Isso permitiria entender mais sobre a natureza da matéria e o mundo ao nosso redor.
No entanto, é possível ir além, como, por exemplo, desenvolver a capacidade de manipular monopolos magnéticos para aprimorar a tecnologia de armazenamento de dados, com dispositivos de armazenamento de alta densidade e baixo consumo de energia.
Áreas como medicina, eletrônica e computação quântica se beneficiariam dessa possibilidade em termos de equipamento, conhecimento e inovação prática.
No cenário atual, os cientistas nunca estiveram tão perto de aprimorar e potencializar a Teoria da Relatividade Geral, de Einstein. Em termos de importância histórica, seria a virada de chave para uma nova era na ciência.
Por isso, equipes estão animadas com a possibilidade de finalmente alcançar os monopolos magnéticos, e novos estudos podem surgir para corroborar essa ideia.
Fonte: Olhar Digital
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