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Mosaico bíblico do século 5 é descoberto e descreve todo o fim do mundo

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Uma escavação, conduzida pela professora Jodi Magness, da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, descobriu um mosaico tríptico bíblico. O artefato, de 1.600 anos de idade, é feito de minúsculos cubos de pedra (ou tesselas). Ele está em uma sinagoga na antiga aldeia galileana de Huqoq, em Israel.

O mosaico retrata uma cena do livro de Êxodo. O capítulo 15 e o versículo 27 descrevem o local de Elim, no qual os israelitas buscaram refúgio após a exaustiva viagem. Elim é onde os israelitas acamparam depois de deixar o Egito e vagar no deserto sem água.

Essa, no entanto, não é a primeira descoberta realizada por Magness e sua equipe. A primeira foi em 2012. E teve como representação a Arca de Noé. Entre 2014 e 2017, encontraram a divisão do Mar Vermelho, Jonas e os peixes, e a Torre de Babel.

No ano passado, a profissional e sua equipe encontraram um mosaico que apelidaram de “entre dois”. O artefato mostra dois espiões enviados por Moisés a Canaã. Seus últimos achados, no entanto, giram em torno da história de Elim. O fato aparece em Êxodo, e em um capítulo do livro de Daniel.

Um dos três painéis mostra trabalhadores agrícolas de tangas em uma colheita, enquanto outro mostra uma série de poços e tamareiras. O mosaico também contém alguns textos reais, o que mostra que esse registro em particular girava em torno da história de Elim.

A seção, que descreve o capítulo 7 do livro de Daniel, mostra as quatro bestas míticas. Cada uma representa os quatro reinos e anuncia o fim dos dias. Dois dos animais, um urso com três costelas saindo de sua boca, e uma criatura com dentes de ferro, são preservados no mosaico.

A sinagoga em Huqoq

Em 2016, um mosaico, que retrata Alexandre, o Grande, também foi descoberto nesta sinagoga de Huqoq. A descoberta é extremamente importante. Isso porque essa seria a primeira história não-bíblica já encontrada em uma antiga sinagoga.

Outro mosaico, representando o guerreiro israelita Sansão, personagem do Livro dos Juízes, também foi recentemente recuperado ali. Huqoq é simplesmente um local repleto de tesouros de arte. Para alguns especialistas, o conteúdo dos mosaicos encontrados no Huqoq indicam que a vida judaica na área floresceu sob o domínio cristão. Essa postura continuou a desafiar o status quo na academia.

O Huqoq Excavation Project é composto por especialistas da UNC-Chapel Hill, da Universidade de Malta, da Universidade do Maine, da Western Carolina University, da University of Manitoba, da University of Toronto, da Austin College, da Howard University, da Queens College, da Baylor University. Brigham Young University, Autoridade de Antiguidades de Israel e Universidade de Tel Aviv.

De acordo com Magness, suas escavações sazonais no Huqoq completaram nove anos. A cada verão, ela orienta seus alunos a encontrar e analisar os restos dessa sinagoga romana. O objetivo é obter uma imagem mais clara da época e de seus habitantes.

Ainda de acordo com a profissional, a arqueologia, por meio das descobertas, mostra certos aspectos do judaísmo entre os séculos IV e VI a.C que indicam que o judaísmo continuou a ser diverso e dinâmico. Mesmo muito depois da destruição do segundo templo de Jerusalém, em 70 d. C.

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