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Mulher abusada sexualmente por anestesista ‘não consegue superar’, afirma advogado

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A mulher estuprada por anestesista ainda passa por dificuldade em seu dia a dia, embora tenha escapado do pesadelo com vida. Mesmo que seu violentador já esteja preso e em processo de julgamento, ainda não foi possível superar o episódio.

É o que afirma o advogado da vítima, Francisco Bandeira. Ela preferiu não ser identificada, para preservar sua segurança e a exposição de um dos episódios mais traumáticos que já vivenciou.

Enquanto dava à luz, a mulher foi violentada explicitamente pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra. O registro do caso aconteceu graças a enfermeiras, e foi essencial para as denúncias. Graças a isso, foi possível prender o homem antes que o pior acontecesse.

No entanto, mesmo com a prisão em flagrante e preventiva, a mulher afirma que ainda está muito abalada com o ocorrido, e não consegue superar o episódio tão rapidamente quando gostaria.

Ela fala por seu advogado, que afirmou, em entrevista, a dificuldade que ela sente em andar na rua, comunicar-se com outras pessoas ou mesmo interagir com seus filhos, um deles ainda bebê. Esses obstáculos estão prejudicando sua vida, pelo medo constante que ela sente.

Segundo o representante legal, até mesmo características físicas semelhantes com o médico a deixam emocionalmente abalada. A situação ainda não parece ter melhorado, mesmo depois de cinco meses do episódio e da prisão de Giovanni.

Julgamento começou em dezembro

Apesar de a mulher estuprada por anestesista ainda lidar com traumas do acontecimento, poderá acompanhar a justiça sendo feita. O julgamento do médico começou no último dia 12, com acusações de estupro de vulnerável.

O advogado e representante da vítima está acompanhando de perto o caso, e deve juntar novos depoimentos assim que receber a solicitação do juiz.

Quintella está preso desde junho de 2022, quando foi preso em flagrante pelo estupro de uma mulher que acabara de dar à luz no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.

O anestesista está em detenção em Bangu 8, no Complexo de Gericinó. Por segurança, ele participa do julgamento de forma remota para preservar a vítima, apontam informações. Todo o processo ocorre pela 2ª Vara Criminal de São João de Meriti.

Via Terra

Não existem informações divulgadas sobre os representantes do médico anestesista, nem um pronunciamento nos meses em que esteve encarcerado. Acredita-se que a condenação seja inevitável, e, agora, a esperança é que ele pegue pena máxima.

O advogado da mulher estuprada pelo anestesista diz que irá trabalhar com agravantes, como crime hediondo e vítima em posição vulnerável. Além disso, é possível abordar elementos como traumas psicológicos, especialmente por conta da situação relatada pela mulher nos dias atuais.

Outros elementos, como abuso de poder na profissão, também são indicadores de uma condenação mais longa, com possibilidade de pena máxima, 15 anos de reclusão. Não se sabe se existe a possibilidade de liberdade condicional após determinado tempo, mas o representante da vítima irá recorrer para mantê-lo recluso.

Mulher estuprada por anestesista pode ser ouvida

Via Jornal VS

Enquanto o exame das provas acontece, a mulher estuprada por anestesista pode ser ouvida e ter novo testemunho durante o julgamento. Não existe uma exigência da sua presença, pelo entendimento de trauma e proteção da mulher.

No entanto, se desejar, ela será acompanhada pelo seu representante, atendida com condições especiais para que se sinta mais confortável.

Além disso, as testemunhas, na ocasião, também poderão falar durante a avaliação das provas, inclusive com vídeo, que filmou toda a ação. Esse é um dos elementos que tornam a prisão ainda mais certa.

A defesa está reunindo outros documentos para apresentar e garantir a prisão pelo máximo de tempo possível, mas a decisão sairá apenas quando o julgamento for encerrado.

Até esse momento, a vítima permanece em segurança, mas lutando contra o trauma todos os dias, na esperança de justiça.

 

Fonte: Terra

Imagens: Terra, Jornal VS

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