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Mulher relata como é viver com depressão mesmo parecendo ser feliz

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A depressão é uma doença mental que vem crescendo absurdamente, a ponto de ser considerada a doença do século. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com o transtorno no mundo todo. Mesmo que existam tratamentos para ela, menos da metade das pessoas afetadas recebem os cuidados adequados.

Shin Hye é uma escritora que mora em Montreal, no Canadá. Ela compartilhou sua experiência vivendo com a depressão mesmo em momentos em que parecia feliz para os outros. Seu relato foi publicado no site Huffpost.

Parecer feliz com depressão

Para ela, sua casa é o lugar em que ela pode se expressar verdadeiramente, sem aparentar estar desconfortável ou preocupada. Mas, no trabalho e em público, é outra história, uma vez que nesses locais é esperado que as pessoas sejam amistosas e sociáveis. Assim, a maioria das pessoas não percebe que ela vive com uma doença mental. Ela caracteriza uma luta interna manter a fachada de uma pessoa feliz, quando na verdade, ela faz terapia e utiliza medicação para controlar a depressão.

“Ser uma pessoa bem sucedida afetada pela depressão não significa que eu seja facilmente irritável ou sombria. Isso significa que, embora eu possa me comportar de uma forma que a maioria das pessoas não descreveria como “deprimida”, ainda estou lutando, e isso geralmente se manifesta de uma maneira que muitas pessoas não estão familiarizadas”.

Ela descreve a depressão como um constante estado de sofrimento emocional, onde mesmo que você esteja constantemente aflito, ainda é capaz de colocar uma máscara para disfarçar. Segundo ela, na maioria das vezes, você consegue fazer o seu trabalho, socializar com os amigos e colegas. Ela conta que as pessoas se surpreendem ao saber que ela tem depressão. Justamente por não se encaixar nos retratos comuns que podem ser encontrados na mídia.

“Eu não pareço triste do lado de fora, não abuso de nenhuma substância, sorrio e faço piadas com frequência. Mas em casa as coisas são um pouco diferentes. Quando estou sozinha, há dias em que me vejo inconsolável, oprimida pela frieza do mundo ou pela monotonia da vida cotidiana”.

A luta contra a depressão


O momento mais difícil e que a fez procurar ajuda foi na faculdade. Quando a sua depressão a impedia de sair de casa, com medo de que as outras pessoas percebessem que algo estava errado. O que a fez perder palestras, aulas e, eventualmente, reprovar em algumas matérias.

“Eu tinha uma sensação incessante de desesperança e um comportamento geralmente sombrio, e minha raiva e irritabilidade estavam fora do normal”.

Após quatro anos, ela se formou na faculdade e começou a trabalhar. Até que ela passou por outra crise. Ela não conseguia forças para ir as sessões de terapia, até que o médico da família prescreveu antidepressivos para a ajudar a lidar com os sentimentos iniciais de ansiedade e depressão. “E a medicação me fez sentir mais como eu provavelmente parecia do lado de fora”.

Shin relata que que é exaustivo colocar um sorriso no rosto e agir como se estivesse tudo bem, que todo o resto da sua vida fica desorganizado. Por vezes, os pratos ficam sujos por dias, ela conta inclusive que muitas vezes ela passa uma semana ou mais sem lavar os cabelos, ou começa a lavar as roupas e demora uma semana inteira para terminar.

“Não é que minha casa seja sempre uma bagunça, ou que meu cabelo esteja sempre sujo. Muitas vezes, há dias ou semanas em que posso passar a vida sentindo-me absolutamente energizada. A casa pode ficar impecável durante dias. Você se sente como se estivesse “curado”, e eu sempre me perguntava: “É assim que as pessoas normais se sentem?”.

O apartamento bagunçado para ela não é um sinal de que ela é preguiçosa como as pessoas podem imaginar, é um sinal de que ela está sofrendo, é um reflexo da sua saúde mental.

“A depressão não é algo que simplesmente desaparece. É algo que faz parte de mim. E enquanto eu me recuso a permitir que isso tome conta de toda a minha vida, ela precisa de um lugar para ficar. Ela precisa de um lugar onde eu possa deixar isso sem ser julgado pelos outros, e isso geralmente é só depois de um dia sorrindo e fazendo meu trabalho e parecendo totalmente bem”, finaliza a escritora.

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