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Mulher resolve falar como é viver com síndrome do pânico

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A síndrome do pânico está entre os transtornos de ansiedade mais comuns nas pessoas. Infelizmente, o número de pessoas que sofrem com isso vem aumentando ano após ano, e você já deve ter ouvido falar sobre. Para quem não sabe, essa síndrome faz com que soframos crises inesperadas de desespero e medo intenso a todo o momento. Quem sofre, fica esperando e temendo que algo de ruim aconteça a qualquer momento. Não é preciso ter um motivo para isso ou sequer um sinal de perigo: a cabeça convence o indivíduo de que alguma coisa extremamente ruim acontecerá.

Quem sofre esse transtorno se preocupa o tempo inteiro com medo de ter uma crise, pois esta chega sem avisar. Pensando um pouco sobre esse mal, resolvemos trazer essa matéria. A redação da Fatos Desconhecidos buscou uma história real de uma pessoa que sofre com Síndrome do Pânico. Ela descreveu como é viver com isso e como atrapalha sua vida. Confira conosco seu relato e compartilhe desde já com seus amigos. Sem mais delongas, confira conosco e surpreenda-se.

Convivendo com Síndrome do Pânico

Aline Rollo, uma jornalista, sofre com essa crise e relatou como é. Segundo a mesma, a primeira crise aconteceu em 2001. Ela cursava o último ano da faculdade e fazia estágio no principal jornal de sua cidade. Além disso, escrevia para um site voltado para adolescentes. Estava em uma ótima fase de sua vida e morava sozinha, conseguindo se sustentar. Mantinha um namoro há 3 anos e tinha muitos amigos. Durante uma viagem pelo litoral com seu namorado, sentiu um aperto no peito. Suas mãos tremiam tanto que ela não podia segurar nada.

O coração começou a acelerar e os enjoos começaram a aparecer. Ela ficou desorientada e com muito medo. Chegou a procurar um pronto socorro, mas nada foi diagnosticado. Algumas semanas depois, uma nova crise. Ela passou três dias sem comer nada, porque os enjoos não possibilitavam isso. Ela sofria com taquicardia e mãos trêmulas. Novamente, buscou um pronto socorro, mas nada foi diagnosticado de novo. Ela resolveu buscar a companhia da mãe, no interior de São Paulo, e buscou ajuda de um cardiologista. Após exames, ele disse que ela sofria com crise de pânico. Aline disse ter buscado por dias um motivo para estar sofrendo da doença, mas não encontrou.

Tratamento da Síndrome do Pânico

A moça diz ter tido uma adolescência boa, vivendo em uma cidade de 50 mil habitantes. Ainda assim, não entendia como tinha desenvolvido o transtorno. Isso era algo pouco comentado no seu tempo. Ela iniciou o tratamento com um psiquiatra que receitou um anti-depressivo e um ansiolítico, o Rivotril. Além disso, o médico recomendou exercícios físicos, onde ela liberaria toda a ansiedade que lhe causava o pânico. Ela começou a fazer boxe e academia próximo à sua casa. Teve uma melhora considerável em suas crises, que diminuíram pouco a pouco. Sendo assim, parou com o tratamento e os remédios porque estava se sentindo melhor.

Ela teve uma vida normal por alguns meses e conseguiu um emprego após formada. Atuava agora em uma rádio da cidade. No entanto, suas crises começaram novamente sempre que ela precisava sair de casa para algum compromisso social. Ela desmarcava as saídas com amigos na hora de sair e ninguém a compreendia. Era como se o coração saísse pela boca. Ela então recomeçou o tratamento, só que agora acompanhado de terapia. Decidiu largar o jornalismo e abriu uma locadora de DVDs com um amigo.

Trabalho

Ela relatou que trabalhava até 14 horas por dia e que suas crises eram constantes, apesar de estar se medicando. Eram tão fortes que se tornava impossível levantar da cama alguns dias. Chorava com frequência e queria ficar no escuro. Sofria com enjoo e sempre tomava dramin. Procurou todo o tipo de ajuda possível. Até mesmo a terapêutica espiritual foi procurada. Se sentia sozinha e exausta o tempo inteiro. Ela então foi diagnosticada por um psiquiatra com Depressão grave causada pela Síndrome do Pânico.

Se submeteu a um tratamento ainda mais forte até melhorar e poder ficar só com o Rivotril em caso de emergência. Após isso, descobriu a gravidez, mesmo nunca ter pensado em ter filhos. Diz ter sido o maior choque que já teve na vida inteira. Ela não aceitava a felicidade dos outros com isso. Pensou que sua vida havia acabado a partir dali. Isso continuou até a barriga começar a aparecer, foi quando ela aceitou e passou a gostar. Comprava roupinhas de bebê, escolhia e mudava o nome, decorou o quarto e se preparou com felicidade para receber sua filha. Ela cuidava muito bem de sua menina e optou por fazer isso sozinha. Mesmo passando noites em claro, gostava de tudo aquilo.

Depressão pós-parto

Dois meses após o nascimento da garota, Aline foi diagnosticada com Depressão pós-parto. Chorava compulsivamente, não comia nada que não fosse macarrão e pão. Chegou a pesar apenas 43 quilos e ficava muito tempo sozinha com a garota. Não podia se medicar, pois estava amamentando. As crises de pânico voltaram junto com a depressão. Tinha a impressão de que estava no mundo sozinha com sua filha. Brigava o tempo inteiro com o marido. Colocou sua filha na creche com sete meses e voltou para o jornalismo. Começou a trabalhar em um pequeno jornal.

Terminou o seu casamento e se mudou para um apartamento com sua filha e os dois cachorros. Deixou tudo para trás e iniciou uma nova vida. Voltou à vida social e seus amigos a ajudaram. Passou a se sentir viva novamente. Mudou de médico e de terapeuta. Descobriu então que a síndrome do pânico havia ido embora, dando lugar à ansiedade crônica. Começou um novo tratamento. Hoje é chefe em seu emprego e ainda convive com a ansiedade diariamente, mas se medica e trata como devido. Ela diz que não se curou por completo, mas que aprendeu a administrar sua doença

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