Inovação

Nanorrôbos de DNA podem se “reproduzir” e revolucionar a saúde

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Pesquisadores da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, e da Academia Chinesa de Ciências estão colaborando em um projeto inovador de nanorrobôs de DNA.

Eles possuem o potencial de transformar a criação de estruturas microscópicas, especialmente no campo da saúde.

O projeto é conhecido pelo desenvolvimento de nanorrobôs tridimensionais (3D) compostos por DNA, capazes de se reproduzir em condições apropriadas.

Os primeiros insights sobre esses nanorrobôs de DNA construídos a partir de filamentos foram compartilhados na revista Science Robotics. No artigo, os pesquisadores detalham as capacidades atuais dessas estruturas.

Os responsáveis afirmam que os nanorrobôs industriais em escala nano têm o potencial de se tornarem plataformas de fabricação, sendo capazes de realizar automaticamente tarefas repetitivas para manipular e produzir nanomateriais com precisão e exatidão.

Via Tecmundo

Como funcionam os nanorrobôs de DNA?

Conforme explicação, os nanorrobôs de DNA são programáveis, com com cerca de 100 nanômetros, e agarram distintas peças, como filamentos de DNA, posiciona-as e as alinha para a soldagem.

Em seguida, ele realiza a construção dessas estruturas e retorna à sua configuração original, pronto para a próxima operação.

Apesar da notável capacidade de ação, a atividade dos nanorrobôs construídos com DNA é desencadeada pela temperatura externa e pelos raios ultravioletas (UV).

Sem essas duas variáveis, eles não conseguem realizar a autorreplicação, por exemplo.

Outra limitação é que esses nanorrobôs só conseguem construir uma cópia de si mesmos ou outras estruturas com fragmentos específicos de DNA.

Em outras palavras, eles não cortam nem produzem DNA sob demanda, apenas utilizam blocos de construção já existentes.

Função dos nanorrobôs

Para os pesquisadores, essa ferramenta de nanofabricação representa uma abertura para a criação de dispositivos nano e microscópicos mais complexos e práticos, com potenciais aplicações significativas na área da saúde.

No futuro, esses nanorrobôs de DNA podem ser empregados na produção de medicamentos ou até mesmo de enzimas diretamente dentro do organismo humano, de acordo com as necessidades do paciente.

Em casos de pacientes com diabetes, por exemplo, essas estruturas de DNA poderiam gerar insulina para regularizar os níveis de glicose no sangue.

No entanto, é importante ressaltar que, por enquanto, essas possibilidades são apenas teóricas, uma vez que nenhum estudo clínico, de fato, ocorreu até o momento.

Anteriormente, outras abordagens de construção foram utilizadas para desenvolver minúsculos robôs de DNA, capacitando-os a “explorar” o funcionamento das células e proporcionar novas perspectivas sobre processos biológicos e patológicos.

Via Tecmundo

Projeto antigo

Os nanorrobôs são um dos projetos mais empolgantes da nanotecnologia, e consistem em estruturas minúsculas programáveis que podem executar tarefas específicas em nível molecular.

Atualmente, muitos dos desenvolvimentos estão em estágios experimentais, mas há várias áreas promissoras em que os nanorrobôs podem ter aplicação.

Na medicina, os nanorrobôs são projetos que conseguem entregar medicamentos de forma direcionada a áreas específicas do corpo, minimizando efeitos colaterais.

Além disso, também servem para detecção precoce de doenças, explorando ambientes biológicos e reportando anomalias.

Ainda, conseguem atuar em procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, proporcionando precisão e reduzindo danos aos tecidos circundantes.

Na área ambiental, existem tecnologias semelhantes na limpeza de poluentes e toxinas em ambientes naturais, uma vez que eles auxiliam na criação de componentes mais saudáveis e diminuem os impactos na natureza.

Ainda, na Tecnologia da Informação, os nanorrobôs já exploram e armazenam informações a nível molecular.

Por isso, o avanço para uso de DNA é o próximo passo esperado desse projeto, que continua surpreendendo o cenário e os pesquisadores. Com mais estudos, ele se tornará totalmente aplicável nas próximas décadas.

 

Fonte: Canaltech

Imagens: Tecmundo, Tecmundo

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