Ciência e Tecnologia

NASA revela que uma nave pode ter explorado um mar em Marte em 1997

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Marte é um dos planetas mais misteriosos do nosso Sistema Solar e também um dos mais discutidos. Há diversas teorias envolvendo o planeta vermelho, inclusive de que há vida por lá. Alguns estudos mostram água e até mesmo bactérias presentes por lá, mas ainda não há provas das teorias de que os famosos Extras Terrestres habitam seu solo. Com isso, há quem sonha em fazer uma viagem até lá e comprovar tudo com seus próprios olhos. Diariamente a NASA e outros órgãos de pesquisa tentam descobrir novas coisas sobre Marte e isso acontece há muitos anos. Por esse motivo, algumas pessoas, mais precisamente 200 mil, se candidataram para participar de um projeto que busca colonizar o planeta em 2023.

O projeto Mars One pretende levar astronautas para viverem por lá e essa iniciativa desperta apoio e crítica de vários cientistas. Segundo os estudiosos, uma viagem até Marte levaria sete meses e poderia deixar as pessoas expostas a raios cósmicos e microgravidade. Além disso, há problemas com a microgravidade e um frio que pode chegar a -60°C. A intenção disso é fazer estudos mais profundos e descobrir coisas mais sérias de Marte, como: se há uma forma de viver por lá, se existe uma grande quantidade água, se é possível ter oxigênio e etc. No entanto, o que não sabem é que uma nave da NASA pode ter explorado um mar no planeta há 22 anos.

Possível mar em Marte

A primeira missão espacial da NASA a Marte, a Mars Pathfinder, foi realizada em 1997. Essa passagem pelo planeta pode ter registrado uma paisagem de um terreno transbordando. O local de pouso está no vertedouro de um antigo mar. Esse teria sofrido inundações catastróficas liberadas do subsolo do planeta e de seus sedimentos. Essa informação da NASA poderia gerar evidências de vida do Planeta Vermelho, segundo Alexis Rodriguez, um cientista Sênior do Planetary Science Institute e principal autor de artigo recente sobre esse tema.

Há quase meio século, a nave espacial Mariner 9 produziu imagens chocantes. Segundo as informações, Marte teria sido atingido por dois gigantescos tsunamis há aproximadamente 3,4 bilhões de anos. Esses seriam bem maiores do que qualquer outro conhecido que tenha atingido a Terra. Essa água pode ter ajudado a formar a paisagem do planeta. Com o objetivo de testar essa hipótese, a NASA gastou um total de US$ 280 milhões e implantou seu primeiro rover marciano, o Sojourner, a bordo da missão Mars Pathfinder. Os resultados dos estudos mostraram que essas inundações eram pelo menos 10 vezes menores d que esperavam.

A missão então teve que avaliar a possibilidade de que os fluxos de detritos poderiam dominar a formação dos canais, sem descargas significativas de água. Um novo estudo liberado por Rodriguez mostra que possivelmente o Pathfinder tenha alcançado a borda do que já foi um mar. “Nosso trabalho mostra uma bacia, com aproximadamente a área da Califórnia, que separa a maioria dos gigantescos canais marcianos do local de pouso da Pathfinder. Detritos ou fluxos de lava teriam enchido a bacia antes de chegar ao local de pouso da Pathfinder. A própria existência da bacia requer inundações cataclísmicas como mecanismo de formação primária de canais”, disse o cientista.

Rodriguez ainda explicou que essa bacia é coberta por depósitos sedimentares com uma distribuição que coincide de forma precisa com a extensão de inundações potencialmente catastróficas. Isso teria formado um mar interior. “Este mar está a aproximadamente 250 quilômetros a montante do local de desembarque do Pathfinder”, afirmou. “Nossa simulação mostra que a presença do mar teria atenuado inundações cataclísmicas, levando a transbordamentos superficiais que atingiram o local de pouso do Pathfinder e produziram as formas de leito detectadas pela espaçonave”.

“Nossas simulações numéricas indicam que o mar rapidamente se tornou coberto de gelo e desapareceu em alguns milhares de anos devido à sua rápida evaporação e sublimação. Durante esse tempo, porém, ele permaneceu líquido abaixo da sua camada de gelo”, disse Bryan Travis, coautor do artigo. Diferente da Terra, esse mar provavelmente foi alimentado com água subterrânea e pode ainda conter evidências de vida em Marte, explicaram os autores. “Se a fonte antiga de aqüíferos abrigasse vida, os materiais sedimentares marinhos no local de pouso da Pathfinder poderiam conter um registro dessa vida, um local facilmente acessível para futuras missões”.

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