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Entenda porque nos EUA o voto para presidente é indireto

Entenda porque nos EUA o voto para presidente é indireto
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Nos Estados Unidos, a eleição presidencial que acontece no dia três de novembro é apenas uma das partes que compõem o sistema eleitoral do país. Isso porque, como o voto para presidente é indireto, você não está exatamente votando em seu candidato. Ficou confuso? Nós vamos explicar melhor como funciona a corrida para a Casa Branca.

Por trás escolha do presidente e vice-presidente dos Estados Unidos, existe um longo e complicado processo. Com isso, também precisamos entender como funciona o Colégio Eleitoral, que é fundamental nessa história toda.

A ideia de realizar uma votação indireta surgiu no século 18

Voltando um pouquinho no tempo, tudo começou no século 18 e a ideia de que o voto para presidente fosse indireto pertence aos “pais fundadores” dos EUA. Ou seja, os líderes políticos que assinaram a Declaração de Independência ou participaram da Revolução Americana como líderes dos Patriotas. Nesse período, realizar uma eleição presidencial era praticamente impossível. Isso porque, se comunicar era extremamente difícil e, além disso, o país era muito grande. Portanto, uma eleição levaria muito tempo e daria muita dor de cabeça caso fosse feita de maneira direta.

Ao mesmo tempo que haviam essas questões, os “pais fundadores” estavam muito preocupados com o fato dos EUA não ter uma identidade formado. Por isso, tudo ainda era muito imprevisível. Logo, em 1787, a ideia de um presidente eleito de maneira popular ou pelo Congresso foi rejeitada. Caso a eleição acontecesse dessa maneira, haveria a possibilidade de um candidato dos grandes Estados se sobressair aos outros, uma vez que ele podia ter mais eleitores em um âmbito local.

Até hoje, muitos eleitores defendem o sistema e, ainda que a comunicação não seja um problema, dessa forma, é possível equilibrar a popularidade de determinado candidato. “O sistema eleitoral americano é um grande compromisso”, afirma Thomas Leeper, cientista político da London School of Economics. “Ele foi projetado para alcançar um equilíbrio difícil entre os interesses dos Estados e as instituições centrais, incluindo a vontade nacional e a local”, completa Leeper.

E como o voto para presidente acontece atualmente?

Hoje, os eleitores escolhem o Colégio Eleitoral, um órgão composto por um total de 538 delegados de todos os Estados dos EUA. Dessa forma, o número de delegados corresponde a sua população e ao número de parlamentares que o representam na Câmara dos Representantes e no Senado. Por isso, sempre ouvimos falar que alguns Estados são decisivos na hora dos votos. Por exemplo, enquanto alguns estados contam com apenas três delegados, o mais populoso do país, a Califórnia, conta com 55.

Em teoria, os delegados podem votar em quem quiserem. Mas, na maioria das vezes, eles votam no candidato que prometeram apoiar. Na história dos EUA, isso apenas aconteceu algumas poucas vezes. Esses são os chamados “delegados dissidentes” e, geralmente, causam muita dor de cabeça dentro do partido.

Ao todo, existem 538 votos de delegados e, para ganhar uma eleição, são necessários 270 votos. Ou seja, metade mais um. Caso esse número dê empate, como aconteceu em 1800, a Câmara dos Representantes deve decidir um vencedor.

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