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Nova espécie de aranha gigante também está ameaçada de extinção

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Quando se fala em extinção em massa, logo nos vem à cabeça uma situação caótica e apocalíptica. Contudo, ela pode acontecer de maneira gradual e quase imperceptível. É justamente isso que a atividade humana está fazendo com várias espécies de plantas e animais.

Seja por conta da perda de habitat, pesca excessiva e caça furtiva, ou pelo aquecimento global e poluição, a realidade é que as espécies estão morrendo mais rápido do que se pode compreender.

O mais preocupante é que mesmo espécies recém-descobertas podem já estar em risco de extinção. Esse é o caso da Euoplos dignitas, uma nova espécie de aranha-de-alçapão que vive apenas em Brigalow Belt, no centro de Queensland, na Austrália. Por mais que ela tenha sido descoberta recentemente, a espécie já corre risco.

A descoberta foi publicada no dia 15 de março no jornal Bio One Complete. O Museu de Queensland emitiu um comunicado dizendo que essa aranha rara ganhou seu nome vindo do latim “dignitas”, que quer dizer “dignidade”, ou “grandeza”, justamente por conta do seu tamanho.

No entanto, além do seu tamanho, o nome da espécie também tem relação com o projeto DIG, feito pela Queensland Museum Network, a mineradora BHP e a BHP Mitsubishi Alliance (BMA). Como essa empresa apoiou toda a pesquisa, assim, o nome “dignitas” foi escolhido.

Extinção

Portal norte

Mesmo sendo uma nova espécie de aranha, o animal já era conhecido em determinados lugares de Eidsvold e Monto, que ficam no centro do estado australiano. E mesmo sendo um local de perigo, o habitat dessa espécie não é muito explorado pelos cientistas.

Esse habitat são as florestas semiáridas. Originalmente, elas ocupavam áreas grandes indo do leste de Queensland, a oeste da Great Dividing Range. Contudo, com o passar dos anos elas foram fragmentadas pelo desenvolvimento humano e, atualmente, são vistas em algumas comunidades ecológicas mais ameaçadas.

“Euoplos dignitas vive em habitats de florestas abertas construindo suas tocas em solo preto. Infelizmente, muito de seu habitat foi perdido devido ao desmatamento, tornando-o provavelmente uma espécie ameaçada de extinção”, disse o Museu de Queensland.

Aranha

UOL

Segundo Michael Rix, principal aracnologista do museu, essas aranhas não são gigantes à toa. As fêmeas da espécie podem ter quase cinco centímetros de comprimento. Por conta disso, elas são as maiores aranhas-de-alçapão de ambos os sexos.

“Elas têm esses alçapões realmente enigmáticos nesses habitats florestais no chão e a maioria das pessoas nem percebe que elas estão lá”, disse ela.

Por conta dessa ameaça, será feito um trabalho de campo na biorregião de Brigalow Belt para que sejam construídas coleções de museus através do projeto do Museu de Queensland. Essas coleções irão dar a possibilidade que outras espécies não descobertas sejam descritas, e darão a compreensão do que fazer para conservá-las.

Coisas em comum

Agência Brasil

Por mais que os animais e as plantas sejam muito diferentes entre si, o risco de extinção é uma coisa em comum de todos eles, tanto que um novo estudo feito pelo ecologista conservacionista Haydee Hernandez-Yanez e dois colegas do Alexander Center for Applied Population Biology, no Lincoln Park Zoo, em Chicago, conseguiu identificar traços comuns entre plantas, pássaros e mamíferos com risco de extinção.

“Certas combinações de traços de história de vida e taxas demográficas podem tornar uma população mais propensa à extinção do que outras”, explicou Hernandez-Yanez.

No estudo, Hernandez-Yanez e sua equipe reuniram dados a respeito das taxas de crescimento, expectativa de vida e reprodução de 159 espécies de plantas herbáceas, árvores, mamíferos e pássaros. Além de também terem verificado o status de ameaça mais atual na Lista Vermelha da IUCN, que é o principal e maior registro de espécies ameaçadas.

“Apesar de nossa amostra relativamente pequena de espécies, descobrimos que espécies com certos padrões demográficos correm mais risco de extinção do que outras, e que os preditores importantes diferem entre os grupos taxonômicos”, escreveram os pesquisadores.

“Por exemplo, os mamíferos que têm tempos de geração mais longos correm maior risco de extinção. Talvez porque quanto mais tempo as espécies levam para amadurecer e se reproduzir, mais difícil é para elas se adaptarem às rápidas mudanças ambientais. E especialmente se os animais se reproduzem apenas uma vez em sua vida. Enquanto isso, pássaros que se reproduzem com frequência e crescem rápido, de filhotes a adultos maduros, são mais vulneráveis ​​à extinção, o que foi um tanto inesperado. Porque você pode pensar que produzir muitos filhotes aumenta as chances de sobrevivência de uma espécie”, explicaram os pesquisadores.

Na semelhança entre as espécies e plantas, as herbáceas perenes de caule macio, que são do tipo que morrem antes do inverno e florescem na primavera e no verão, têm mais probabilidade de perecer se amadurecerem cedo e tiverem altas taxas de sobrevivência como mudas juvenis. Mas não se observou padrões para as árvores lenhosas ameaçadas de extinção.

Fonte: Aventuras na história, Science Alert

Imagens: Portal norte, UOL, Agência Brasil

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