Ciência e Tecnologia

Nova pesquisa pode ser o caminho para a cura do HIV

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O HIV nada mais é do que o vírus da imunodeficiência humana. Ele é o causador da Aids e ataca o sistema imunológico humano, que é responsável por defender o organismo de doenças. Atualmente, já existem diversos tratamentos da doença, que buscam conter a sua evolução. Assim, é possível viver normalmente com o vírus. No entanto, uma cura definitiva ainda não foi encontrada, mas a comunidade científica vem trabalhando nisso a anos.

Um dos maiores obstáculos para eliminar completamente o vírus do HIV do organismo das pessoas, é o fato de que ele consegue “fugir” do sistema imunológico. Ou seja, ele pode se esconder nas células infectadas, o que dificulta a sua exterminação.

Mas uma nova pesquisa, divulgada recentemente parece ter uma solução para esse problema. O estudo, que foi publicado na revista científica Nature no começo de janeiro, traz uma nova esperança para alcançar a cura da doença. Apesar de que os testes só foram realizados em ratos e macacos, os pesquisadores estão bem confiantes com a descoberta.

A pesquisa

Uma equipe de pesquisadores e cientistas da Universidade da Carolina do Norte e da Universidade Emory encontraram uma forma de eliminar completamente o vírus do HIV do organismo. Eles descobriram um jeito de reativar o chamado “vírus latente”, tornando-o vulnerável e passível de ser eliminado do sistema imunológico.

Atualmente, pessoas infectadas com o HIV recebem tratamento a partir de terapia antirretroviral. Ou seja, que restringe a infecção e a “esconde” nas células T CD4+, impedindo a proliferação da doença. A pessoa continua com o vírus, mas ele não consegue mais afetar o sistema imunológico.

Essa nova pesquisa é baseada no uso de medicamentos, que invertem essa tendência. A ideia aqui é aumentar a carga do gene viral, tornando as células virais vulneráveis À eliminação completa pelo sistema imunológico.

Testes

Os primeiros testes foram realizados em camundongos e macacos que recebiam terapia antirretroviral, e foram um sucesso. Para isso, foram feitas duas abordagens distintas. Na primeira, foi usado um medicamento chamado AZD5582, desenvolvido inicialmente para o tratamento de câncer, mas que também é capaz de ativar o vírus HIV latente.

Já no segundo estudo, a abordagem tomada foi completamente diferente. Dessa vez os pesquisadores combinaram duas intervenções imunológicas. A equipe injetou um anticorpo para limpar as células T CD8+, importantes para controlar a doença. Depois disso eles aplicaram uma versão modificada da citocina IL-15, para mostrar como essa combinação agira sobre o RNA viral. Esse que aparece no sangue e nos tecidos, onde antes não havia sido detectado a sua presença.

“Esta é uma conquista científica emocionante, e esperamos que seja um passo importante para um dia erradicar o vírus, em pessoas vivendo com HIV”, disse Ann Chahroudi. Ela que é uma das pesquisadoras da Universidade de Emory.

Agora, o próximo passo é tentar replicar os resultados positivos em testes em seres humanos. Mas de todo modo, essa pesquisa representa uma grande avanço no conhecimento sobre o HIV, e uma nova possibilidade de como o vírus pode ser eliminado.

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