Recentemente, a Nova Zelândia se tornou o primeiro país do mundo a anunciar o fim da transmissão local comunitária de Covid-19. De acordo com a primeira-ministra do país, Jacinda Ardern, todos os casos de transmissão voluntária puderam ser detectados com sucesso na região. Com esses dados, o governo pôde afirmar que não há nenhuma disseminação generalizada em curso. “Vencemos essa batalha, mas devemos permanecer em vigilância para continuarmos assim”, afirmou a primeira-ministra.
No entanto, ela completou dizendo que “eliminação não significa zero casos. Significa zero tolerância para novos casos e zero contaminação comunitária”. Dessa forma, por conta da situação controlada, o país retomou a rotina com a volta de 400 mil trabalhadores às atividades.
Relaxamento das medidas de isolamento social
Para que isso fosse possível, o país estabeleceu uma série de restrições de circulação de pessoas e de isolamento social. Dessa forma, até o início da semana, o “nível quatro”, restrição absoluta de circulação, ainda se encontrava em vigor. Pouco tempo depois, Jacinda Ardern, por meio de redes sociais, anunciou o relaxamento das medidas. Contudo, isso foi feito sem que os cuidados sanitários fossem comprometidos. Segundo a primeira-ministra, essa não é de forma alguma “uma volta à normalidade”. Assim, esse é “um movimento cauteloso para níveis onde a vida parece mais normal, sem perder as vitórias ou retroceder”, afirmou Jacinda.
Por meio desse relaxamento, o país passa a adotar o “nível três” de alerta para a pandemia. Desse modo, 400 mil trabalhadores de serviços essenciais, como infraestrutura, construção civil, transporte, segurança e saúde estarão de volta a ativa. Além disso, restaurantes e empresas privadas também estão autorizados a funcionar, mas continuam em alerta para as medidas sanitárias e de isolamento sociais. Com isso, algumas atividades não essenciais de negócios, saúde e educação também poderão ser retomadas. Mas de toda a forma, shoppings centers continuam fechados.
Como o governo da Nova Zelândia eliminou os casos de infecção no país?
Com 4,8 milhões de habitantes, a Nova Zelândia é menor do que a cidade do Rio de Janeiro. Contudo, ao contrário de muitos países, adotou algumas das restrições mais duras do mundo para viagens e atividades. Sendo que tudo isso aconteceu ainda no início da pandemia, quando havia apenas algumas dezenas de casos. E claro, isso foi crucial para o resultado do que o país está vivendo hoje.
Em pouco tempo, o país fechou fronteiras e começou a impor a quarentena para todos que chegasse no país. Em seguida, um bloqueio rigoroso foi montado juntamente com uma extensa operação de testes e rastreamento de contatos. Há cerca de um mês, praias, calçadões à beira-mar e parquinhos foram fechados, assim como escritórios e escolas. Para se ter uma ideia, bares e restaurantes também foram fechados, sem a possibilidade de retirada ou entregas.
De acordo com a primeira-ministra do país, tudo isso foi feito para que o pior fosse evitado. E mesmo com todas essas medidas, o país chegou a registrar 1.121 casos de contaminação desde o início da pandemia. Entretanto, o país teve apenas 19 mortes confirmadas pelo coronavírus.
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