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Novas evidências mostram que bactérias podem sobreviver à viagem entre a Terra e Marte

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Os humanos sonham em ir à Marte praticamente desde quando o planeta foi descoberto. A NASA diz que não deve demorar tanto para enviar uma missão tripulada. Enquanto isso, empresas privadas estão correndo contra o tempo para apresentar planos cada vez mais audaciosos para chegar no Planeta Vermelho.

Por mais que não seja possível ainda mandar pessoas para Marte isso não quer dizer que missões para o planeta não aconteçam. E se pessoas não podem ir, será que micróbios podem vagar pela imensidão do espaço como um pólen e plantar sementes nos planetas distantes? Isso é mesmo possível?

De acordo com a missão astrobiológica chamada “Tanpopo”, que quer dizer “dente-de-leão” em japonês, isso pode realmente acontecer. As amostras de um gênero de bactéria altamente resistente, chamado Deinococcus, sobreviveu por três anos no vácuo do espaço. Ela resistiu à microgravidade, radiação ultravioleta intensa e temperaturas extremas. Tudo isso enquanto viajava no exterior da Estação Espacial Internacional (ISS).

Viagem

Esse estudo coloca um nível de viabilidade na teoria da pasnspermia, que diz que a vida não começou na Terra e que, na verdade, ela veio de outras partes do universo. Para que isso fosse verdade as células teriam que cruzar distâncias gigantescas sob algumas condições brutais que são conhecidas por nós. E várias pessoas são céticas a respeito dessa teoria.

Entretanto, depois de três anos do lado de fora da ISS, as pelota secas de Deinococcus, que eram mais grossas que 0,5 milímetros, sobreviveram às suas voltas ao redor da Terra. Já as que eram menores não conseguiram.

Analisando o nível de decomposição nas amostras, especialmente na superfície, os pesquisadores previram  que somente uma pelota de um único milímetro de espessura conseguiria ter sobrevivido até oito anos no espaço. E no mínimo, três.

“Os resultados sugerem que o Deinococcus radiorresistente pode sobreviver durante a viagem da Terra a Marte e vice-versa, que fica vários meses ou anos na órbita mais curta”, disse o  biólogo Akihiko Yamagishi, da Universidade de Tóquio.

A mesma equipe tinha feito pesquisas anteriormente que mostraram que isso era possível, em laboratório. Mas essa foi a primeira vez que as bactérias foram testadas do lado de fora da ISS.

Sobreviver

Outros estudos que colocaram esporos da bactéria Bacillus subtillis dentro da ISS sugeriram que algumas formas microscópicas de vida podem durar quase seis anos no espaço. No caso do Deinococcus os autores preveem que ele pode sobreviver entre 15 e 45 anos se estiver dentro de uma espaçonave.

“Se um aglomerado de esporos semelhantes às bactérias que estudamos até agora de alguma forma encontrasse seu caminho para o espaço, distribuído pela poeira espacial, asteróides, cometas ou meteoritos, teoricamente poderia viajar grandes distâncias e sobreviver à entrada na atmosfera da Terra”, escreveram os pesquisadores.

Estudos anteriores mostraram que as bactérias podem sobreviver no espaço quando são protegidas por uma rocha. Esse conceito é chamado de litopanspermia. Entretanto, essa nova pesquisa sugere que esses esporos também podem sobreviver se juntando para construir uma “arca para transferência interplanetária” de vida. Os autores chamaram esse conceito de “massapanspermia”.

Antes que se possa afirmar com certeza que a panspermia é real outras pesquisas são necessárias. Mas se as bactérias realmente podem sobreviver no espaço, nosso próprio planeta pode agir como um dente-de-leão soprando vida para a vastidão do espaço.

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