Ciência e Tecnologia

Novo estudo comprova a teoria das subespécies de Darwin

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Charles Darwin foi um naturalista, geólogo e biólogo britânico, que contribuiu significativamente para o entendimento sobre a evolução das espécies. É impossível ignorar a sua importância para a ciência até nos dias de hoje. Mais de cento e quarenta anos após a sua morte, Darwin continua a fazer história no campo das ciências evolutivas. Recentemente, um novo estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido confirmou mais uma das várias teorias de Darwin. Ele estava certo quando dizia que as subespécies de mamíferos desempenhavam um papel mais importante na evolução.

“No capítulo 3 de A Origem das Espécies, Darwin disse que linhagens de animais com mais espécies também devem conter mais ‘variedades’. Subespécie é a definição moderna”, explica Laura van Holstein. Ela que liderou o novo estudo. “Minha pesquisa investigando a relação entre espécies e a variedade de subespécies prova que as subespécies desempenham um papel crítico na dinâmica evolutiva a longo prazo. E também na evolução futura das espécies — e isso sempre aconteceu. É o que Darwin suspeitava quando estava definindo o que uma espécie realmente era”.

A teoria

Espécie é um grupo de animais que podem cruzar, sem distinções entre si. Muitas espécies têm também subespécies, que são populações dentro de uma espécie que difere entre si. Sejam por características físicas distintas, ou comportamentos de reprodução próprios.

Agora, nesse novo estudo, van Holstein confirmou a teoria apresentada por Darwin, através de análises de dados coletados por naturalistas ao longo de centenas de anos. Isso, muito antes de Darwin visitar as Ilhas Galápagos. O livro “A Origem das Espécies” foi publicado pela primeira vez em 1859, depois de uma viagem de cinco anos de descoberta. No livro, o naturalista afirma que os organismos evoluíram gradualmente, através da chamada seleção natural, conhecida também como a sobrevivência do mais apto.

O trabalho da antropóloga provou ainda que a evolução acontece de forma diferente em mamíferos terrestres e mamíferos marinhos e morcegos. Isso devido as divergências em seus habitats e a possibilidade de circulação livre.

“Descobrimos que a relação evolutiva entre espécies e subespécies de mamíferos difere dependendo do seu habitat. As subespécies formam, diversificam e aumentam em número de maneira diferente nos habitats não terrestres e terrestres. E isso, por sua vez, afeta como as subespécies podem eventualmente se tornar espécies”, explica a autora.

Evolução das espécies

Van Holstein explica que, caso uma barreira natural como uma cadeia de montanhas, atrapalhe a interação entre os membros de uma espécies, os indivíduos dos grupos começaram a evoluir independentemente. E a consequência disso pode ser a formação de subespécies.

Essa pesquisa buscou entender se a subespécie poderia ser considerada um estágio inicial de especiação. Ou seja, a formação de uma nova espécie.

“A resposta foi sim. Mas a evolução não é determinada pelos mesmos fatores em todos os grupos e, pela primeira vez, sabemos o porquê. Isso porque analisamos a força do relacionamento entre a riqueza de espécies e a riqueza de subespécies”, pontua van Holstein. “Os modelos evolutivos agora podem usar essas descobertas para prever como atividades humanas, a exemplo de exploração madeireira e desmatamento, afetarão a evolução no futuro, interferindo no habitat das espécies”.

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