A Idade Média guarda várias histórias que, realmente, fascinam (e assustam) a atualidade. Uma das que mais desperta a curiosidade da maioria da população é a do Rei Arthur. Mais do que isso: se ele é um grande mito, lenda e herói da Inglaterra.
Rei Arthur, segundo histórias medievais e romances de cavalaria, liderou a defesa da Grã-Bretanha contra os invasores saxãs no final do século V e no início do século VI. Ele se tornou um dos grandes nomes do período.
A figura histórica, junto àquelas a sua volta, chama a atenção. Recentemente, tais figuras chamaram ainda mais com a descoberta de um manuscrito que conta a história do Mago Merlin, membro da Corte Arturiana.
O manuscrito de Merlin
Há muitos séculos, o famoso Merlin é descrito como um mago, profeta e, além de tudo isso, conselheiro do rei Artur. Na sua forma de figura literária, ele é uma criação do cronista medieval Godofredo de Monmouth (1100 – 1155). De acordo com os grandes estudiosos sobre o tema, os fragmentos encontrados recentemente contêm diferenças “sutis, mas significativas” em relação à história tradicional do personagem. O texto traz descrições mais detalhadas de vários personagens e batalhas, inclusive e principalmente, do próprio Merlin.
Esses manuscritos foram descobertas pelo bibliotecário Michael Richardson na coleção de livros raros da Universidade de Bristol. Após reconhecer o nome de vários personagens arturianos, ele entrou em contato com a doutora Leah Tether. “Esses fragmentos da história de Merlin são um grande achado que podem ter implicações para o estudo de outros textos que moldaram nossa compreensão moderna da lenda arturiana”, afirmou a especialistas em lendas do Arthur.
Os fragmentos estavam em livros impressos em Estrasburgo, na França, entre os anos 1494 e 1502. Os especialistas querem descobrir como as obras chegaram na Inglaterra. Além disso, eles investigam que outros segredos sobre as lendas de Artur, Merlin e o Santo Graal, esses escritos podem conter.
Diferenças
Na prática, as personagens que lideram as quatro divisões do exército de Artur são diferentes. Na maioria das versões, o inimigo de Artur, o rei Claudas, é ferido na coxa durante a batalha, sem haver pormenor sobre a origem do ferimento. Isto significa que podemos estar perante uma interpretação diferente deste contexto, já que os “ferimentos em zonas acima do joelho são muitas vezes usados como metáforas para a impotência ou a castração”.
“Estes fragmentos da história de Merlim são um achado extraordinariamente entusiasmante, que podem ter implicações para o estudo não só deste texto, mas de outros textos relacionados que moldaram a nossa interpretação moderna da lenda arturiana”, explica a especialista do estudo.
Os fragmentos (correspondem a cerca de 20 páginas) estão danificados, implicando em uma demora até serem inteiramente decifrados. “O tempo e a pesquisa irão revelar que outros segredos podem estes fragmentos revelar sobre as lendas de Artur, Merlim e do Santo Graal”, conclui a especialista.
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