Curiosidades

O cientista do século passado que previu como lidaríamos com a tecnologia hoje

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Todo início de ano, uma dezena de canais e meios de comunicação divulgam algumas previsões para aquele ano. Até mesmo pessoas com poderes sobrenaturais de vidência falam sobre as expectativas para o próximo ou próximos anos. Com certeza, você já deve ter visto algo parecido com isso. Usamos todas as possibilidades possíveis para prever algo: numerologia, tarô, horóscopo mensal e anual. Enfim, as formas são muitas.

Carl Sagan não era um vidente ou leitor de mãos, mas tinha conhecimento científico. Era astrônomo, astrofísico, cosmólogo, cientista e escritor. Foi com todo o conhecimento que adquiriu durante a vida que ele fez previsões promissoras sobre as coisas que temos vivido na atualidade. É impressionante o quanto o homem foi preciso.

Previsões futuras

Como nós dissemos, Carl era escritor e algumas das previsões que fez estão no livro O Mundo Assombrado pelos Demônios, o título já fiz muito sobre a época em que vivemos. O ano de 2019 que nos diga, certo? Temos que combinar que não temos vivido o momento mais tranquilo de toda a humanidade e o Carl parecia já saber disso em 1995.

Um dos trechos do livro diz: “Tenho um pressentimento sobre a América do Norte dos tempos de meus filhos ou de meus netos – quando os Estados Unidos serão uma economia de serviços e informações; quando quase todas as principais indústrias manufatureiras terão fugido para outros países; quando tremendos poderes tecnológicos estarão nas mãos de uns poucos, e nenhum representante do interesse público poder· sequer compreender do que se trata; quando as pessoas terão perdido a capacidade de estabelecer seus próprios compromissos ou questionar compreensivelmente os das autoridades; quando, agarrando os cristais e consultando nervosamente os horóscopos, com as nossas faculdades críticas em decadência, incapazes de distinguir entre o que nos dá prazer e o que é verdade, voltaremos a escorregar, quase sem notar, para a superstição e a escuridão”.

Como você pode perceber, é como se eles estivesse aqui agora e descrevesse tudo. Algo muito intrigante é sua reflexão sobre como a humanidade estaria perdida e sem capacidade de distinguir o que é ou não verdade. Essa onda de fake news, não parecia surpresa para Carl, que diz ainda sobre o que parece ser um retrocesso.

Ultranacionalismo e preconceitos

E não pense que para por aí, as previsões se tornam ainda mais precisas e até assustadoras. Confira mais um trecho:

“Minha preocupação é que, especialmente com a proximidade do fim do milênio, a pseudociência e a superstição parecerão mais sedutoras a cada novo ano, o canto de sereia do irracional mais sonoro e atraente. Onde o escutamos antes? Sempre que nossos preconceitos étnicos ou nacionais são despertados, nos tempos de escassez, em meio a desafios auto-estima ou coragem nacional, quando sofremos com nosso diminuto lugar e finalidade no Cosmos, ou quando o fanatismo ferve ao nosso redor – então, hábitos de pensamento conhecidos de eras passadas procuram se apoderar dos controles. A chama da vela escorre. Seu pequeno lago de luz tremula. A escuridão se avoluma. Os demônios começam a se agitar”.

E é exatamente esse o cenário que vemos atualmente. Não precisamos nem explicar o que está escrito. Vemos em todo o mundo governos ultranacionalistas e fanáticos. Além disso, o autor menciona novamente a questão das notícias falsas, de forma indireta é claro, mas isso fica claro. A pseudociência, citada por Carl, inclusive faz com que pautemos diariamente mães que decidem não vacinar os filhos ou pessoas que afirmam categoricamente que a Terra é plana.

É incrível que esse homem, que viveu no século passado, tenha sido tão preciso quanto aos acontecimentos de um tempo que nem chegou a conhecer, já que Carl morreu um ano após as previsões, em 1996.

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