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O dia em que o Brasil queria ter a sua bomba atômica

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Enquanto as maiores potências mundiais investiam pesado na criação de armas nucleares, o Brasil se via na contramão do desenvolvimento. Isso colocou o nossos país em posição de inferioridade diante dos outros países. Principalmente dos Estados Unidos, Japão e Rússia. E isso ficou tão evidente, na década de 1970, que os militares acreditavam que o Brasil só seria respeitado se tivesse uma bomba atômica eficaz. Então, começou uma corrida para desenvolver a sua própria bomba, o que, por fim, acabou não saindo como o planejado. No entanto, atualmente, o Brasil domina o mercado de produção do combustível nuclear.

Na década de 1990, o então presidente do Brasil, Fernando Collor, participou de uma cerimônia simbólica, onde jogou uma pá de cal em um poço de 320 metros para testes nucleares. “A suspeita é que esse poço teria sido construído com recursos do Iraque de Saddam Hussein para abrigar testes do programa iraquiano. E os dados seriam cedidos ao Brasil”, afirma o jornalista Roberto Godoy, especialista em assuntos de defesa.

Esse poço foi apenas uma pequena parte de uma série de operações e esquemas clandestinos. Todos eles iniciados ainda no governo de Ernesto Geisel. Tudo isso para dar, ao país, todo o aparato e tecnologia necessários para desenvolver a sua primeira bomba atômica. Do mesmo modo que ogivas para mísseis nucleares.

Programas nucleares

O governo brasileiro deu início a dois programas nucleares. Um deles, oficial, aquele que tinha supostamente fins pacíficos. E, e um segundo projeto paralelo e sigiloso. Mas desde sempre houve facções do regime que defendiam que a única forma de colocar o Brasil em evidência e conquistar o respeito dos outros países seria tendo uma bomba nuclear.

O Iraque entrou como personagem nesse enredo. Entre 1979 e 1990, o Brasil exportou várias toneladas de urânio (matéria-prima do combustível das bombas) para Saddam Hussein. Esse esquema nebuloso envolvia casos de espionagem e suborno de autoridades estrangeiras. Sem contar as várias outras manobras judiciais, que chegaram até a abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o assunto.

A Constituição Brasileira de 1988 tinha proibido o país de usar a tecnologia nuclear para fins militares. No entanto, o programa nuclear secreto continuou até 1990. Segundo confirmou o ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear do governo Collor, José Carlos Santana. O programa foi interrompido, um pouco antes do país realizar o primeiro teste.

Plano frustrado

“Em dezembro de 1996, a Polícia Federal prendeu um alemão, que vendera conhecimentos ao Brasil depois de tentativas frustradas junto ao Iraque”, afirma Tânia Malheiros, autora de Brasil: A Bomba Oculta – O Programa Nuclear Brasileiro. Para a escritora, essa é só uma amostra de que “há muita coisa a ser explicada”.

Embora o plano de criar a sua própria bomba nuclear não tenha vingado, o Brasil se tornou um grande nome no ciclo de produção de combustível nuclear. E hoje, está trabalhando na construção do seu primeiro submarino, com propulsão atômica. Já é uma grande evolução, em vista do que foram os planos do passado.

E você, já sabia sobre esses planos do país no passado? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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