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O dia em que Silvio Santos quase foi presidente do Brasil

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Muita gente pode não saber direito o que faz um presidente da República. Afinal, este não é um assunto muito discutido. Em suma, independente do cargo, é importante ter em mente que as atribuições políticas ainda causam muitas dúvidas e inquietações, na população como um todo.

Mas afinal, o que um presidente faz ou precisa fazer? Primeiro, o Presidente da República é a autoridade máxima da política brasileira, o Chefe do Poder Executivo do país. Para assumir tal cargo, é preciso cumprir alguns requisitos, como ser brasileiro nato e ter no mínimo 35 anos de idade.

Além de ser o Chefe do Poder Executivo do país, o presidente também acumula outras duas funções muito importantes: chefe de governo e chefe de Estado. Basicamente, como chefe de governo, o presidente é responsável por ações e decisões do cotidiano da política brasileira. Já como chefe de Estado, o presidente é o representante máximo do país perante o mundo.

Sabendo de tudo isso, queremos jogar a seguinte pergunta: você votaria, por exemplo, no apresentador Silvio Santos para o cargo mais importante do Brasil? Pense bem…

1989

Para muitos, o processo eleitoral de 1989 foi e segue sendo considerado o mais competitivo da história. Por quê? Bom, na época, havia candidatos fortes, com poderes de retórica, com diversos seguidores e, claro, com atuações políticas já estruturadas.

Quem eram esses candidatos? Em suma, na corrida pela cobiçado cargo, estavam Paulo Maluf, Mário Covas, Fernando Gabeira, Enéas Carneiro, Leonel do Moura Brizola, Roberto Freire, Ronaldo Caiado, Ulysses Guimarães, considerado o pai da constituição de 1988, Lula, Fernando Collor e outros.

Dentre todos os nomes, um merece destaque: Silvio Santos. Exatamente. Ele mesmo. Se você se sentiu surpreso, imagina os candidatos? Todos tremeram quando o nome do carioca Silvio Santos apareceu.

Inicialmente, Silvio tentou concorrer à presidência, se filiando ao antigo PFL, que hoje é o DEM. A manobra, literalmente, não teve sucesso. Por esse motivo, o candidato do partido acabou sendo Aureliano Chaves, aquele que foi ministro de Minas e Energia, na administração de José Sarney, lembram?

A próxima manobra

Sem sucesso, o apresentador Silvio Santos, então, decide se filiar ao PMB. No entanto, na época, a figura mais cotada pelo partido era Armando Corrêa. Ao saber que o famoso dono do “baú da felicidade” queria assumir a presidência, Corrêa fez o que qualquer um faria: pediu o boné a poucos dias da eleição. Deu tchau, em poucas palavras.

Por ter se retirado às pressas, o partido não teve tempo de retirar o nome de Corrêa das cédulas. Como todo bom comunicador, Silvio passou a repetir insistentemente em todas as campanhas o seguinte: “no dia das eleições, não haverá ‘Silvio Santos’. Marque um X no 26. Não aparece meu nome, mas o candidato sou eu”.

A campanha de Silvio Santos tornou-se um dos momentos mais emblemáticos da política brasileira. Em meio a todo processo, Silvio chegou a figurar em segundo lugar, nas pesquisas de intenção de votos. Em primeiro lugar, estava Collor.

O resultado

Faltando poucos dias para a votação, na qual a população poderia escolher diretamente o presidente da república, a bomba: a candidatura de Silvio Santos estava impugnada.

O Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, avaliou vários pedidos de impugnação e acatou, por sete votos a zero, que o empresário não poderia concorrer. O motivo? Silvio Santos era concessionário em uma rede de televisão.

Como consequência, o PMB foi considerado inexistente e teve seu registro cancelado. Fernando Collor de Melo, aliado e assessorado por Eduardo Cunha, foi quem venceu a eleição.

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