Ciência e Tecnologia

O espaço pode se tornar uma zona de guerra, entenda

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Estamos vivendo em uma era em que a indústria aeroespacial está passando por uma grande revolução. Empresas privadas em parceria com agências espaciais governamentais, ou até mesmo através de seus projetos privados, estão lançando iniciativas cada vez mais inovadoras. Contribuindo diretamente para a exploração científica e comercial do espaço. Porém, nem tudo é tão pacífico quanto parece. Isso porque o espaço também pode pode estar sob a mira das atividades militares. O que poderia torná-lo uma região de guerra. Sim, isso parece enredo de filmes de Hollywood. No entanto, é o que pode vir a acontecer em um futuro bem próximo.

Em dezembro, uma reunião de cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN, deve decidir se o espaço será declarado como um “domínio de combate”. Dessa forma, caso o espaço assim seja definido, seria o mesmo que tratá-lo como uma zona de guerra. Portanto, países que compõem a organização poderiam começar a usar armas para, por exemplo, destruir satélites e mísseis de seus inimigos. Recentemente, o assunto foi abordado em um artigo, no The Conversation, pelos especialistas Gareth Dorrian, pesquisador da Universidade de Birmingham, e Ian Whittaker, professor de Física na Nottingham Trent University.

A Índia e a China já realizaram, no passado, lançamentos de mísseis para abater satélites em órbita. O que acabou gerando muita polêmica e opiniões controversas. Não há muito tempo, a Rússia desenvolveu um satélite comercial, que é capaz de encontrar com outros em órbita. Apesar de nenhuma dessas ações terem, de fato, representado algum tipo de ameaça, isso serviu para nos mostrar que tecnologias, para serem utilizadas, na órbita da Terra já existem. Além de que as mesmas estão sendo fortemente exploradas, por países que não integram a aliança militar intergovernamental.

Possível ameaça

“Se um país ou empresa puder manobrar seus próprios satélites para se aproximarem de outros, poderá fazê-lo para fins militares ou de sabotagem — possivelmente sem detecção”, disseram os especialistas. Como sempre, os Estados Unidos não poderia ficar de fora e já está montando uma força espacial chamada Spacecom. Entretanto, suas atividades ainda não estão bem claras, apesar de já sabermos que se trata de uma unidade militar. A França, recentemente, anunciou que construirá satélites ‘guarda-costas’. Estes equipamentos serão armados com metralhadoras ou lasers.

Assim, caso a OTAN venha a reconhecer o espaço como uma região de combate, isso significaria também reconhecer que guerras podem ser travadas em um ambiente espacial. Assim, não é difícil imaginar que alguns países encontrem brechas, para rivalizarem e utilizarem o espaço para confrontar iniciativas de seus rivais. De acordo com a Reuters, diplomatas da OTAN teriam negado que sua decisão tenha como objetivo servir como aval para guerras espaciais. Segundo eles, a decisão seria feita em busca de levantar debates sobre, por exemplo, o uso de armas espaciais para inativação e destruição de satélites espiões.

Em seu artigo, Whittaker e Dorrian exemplificaram como um ataque espacial poderia ser realizado. Eles deram, como exemplo, o disparo de um feixe intenso de radiação microondas, sobre um objeto. Sendo que este poderia se tratar de um satélite, ocasionando, assim, sua desativação sem criar grandes nuvens de detritos orbitais. Além do mais, eles ainda reconheceram que, este tipo de ação poderia ser realizada de maneira maliciosa. “Você pode fazer com que um ataque pareça um acidente e negar envolvimento”, disseram eles.

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