Curiosidades

O gelo do mar Ártico pode acabar em 15 anos

0

Assim como nós, humanos, o nosso planeta também está constantemente em evolução ou retrocesso, infelizmente. O Aquecimento Global é um dos responsáveis por vários desastres que danificam o nosso planeta. No entanto, os humanos são os principais culpados por esse aquecimento. Vivemos em uma situação de perda e estima-se que, com o passar do tempo, diversas coisas naturais deixarão de existir.

O gelo marinho que derrete no Ártico, por exemplo, continua ultrapassando as previsões mais pessimistas para o futuro. Um modelo novo e aprimorado, que se baseou no último período quente da história da Terra, sugere que as poças rasas de chuva e água derretida podem causar o fim do gelo marinho no verão. E isso pode acontecer muito mais cedo do que era pensado.

Caso o que esteja acontecendo com o Ártico seja parecido com o último período interglacial, os cientistas dizem que existe uma chance de que ele fique virtualmente livre do gelo marinho em somente 15 anos.

Perspectiva

“A perspectiva de perda de gelo marinho em 2035 deve realmente concentrar todas as nossas mentes em alcançar um mundo de baixo carbono assim que for humanamente viável”, disse Louise Sime, modeladora de paleoclima do British Antarctic Survey (BAS).

Segundo as previsões, que tinham sido feitas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, o gelo marinho no verão continuava por mais de um milhão de quilômetros quadrados até, pelo menos, 2050 ou até depois de 2100. Mas essa previsão começou a ser muito otimista.

Através de uma análise de vários modelos climáticos feitos esse ano, foi descoberto que, mesmo no melhor cenário, o gelo do mar ártico ficaria abaixo dessa marca. E isso faria com que a região ficasse virtualmente livre de gelo antes de metade desse século.

Isso não é uma fala que coloca o fim no debate. Existem vários fatores sutis que têm que serem levados em consideração. Mas é possível ter uma compreensão melhor do futuro, olhando para o último período quente do planeta, que começou há aproximadamente 130 mil anos. E ele foi bem mais quente do que hoje em dia.

Ártico

Por mais que os modelos anteriores não mostrem os verões sem gelo no Ártico, Sime e sua equipe descobriram o oposto, usando modelos de física aprimorados e incorporando sistemas de feedback no clima.

Esse modelo sugere que o Ártico, provavelmente, não tinha gelo nos verões do último período interglacial. Essa visão foi reforçada pela presença de lagoas de derretimento. Essas lagoas se formam no final da primavera e no verão do Ártico. Quando a chuva, o gelo e a neve derretidos se transformam em poças rasas azuis. Elas são um pouco mais escuras que o gelo ao seu redor. E absorvem muito mais radiação solar do que o solo congelado.

Segundo alguns estudos mostram, essas poças aumentam o derretimento do gelo que o circunda e também aumentam o potencial de florescimento de fitoplâncton no oceano. Além disso, eles podem fazer com que o gelo marinho fique mais instável e tenham fraturas. Isso também ajuda na absorção de calor.

Sem gelo

Se isso acontecer no futuro, os pesquisadores preveem que o gelo marinho no verão pode desaparecer do Ártico nas próximas décadas. Mais especificamente, entre 2035 e 2086. E provavelmente ele está se aproximando mais da data mais perto.

“A capacidade do novo modelo de simular de forma realista o clima muito quente do Ártico fornece suporte independente para previsões de condições sem gelo no verão de 2035. Isso deve ser uma grande preocupação para as comunidades do Ártico e cientistas do clima”, concluem os autores.

10 poses mais estranhas feitas por modelos

Artigo anterior

Veja como está atualmente o Mister M, mágico famoso dos anos 90

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido