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O homem que matou a esposa, não foi preso e escreveu um livro sobre esse processo

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Em 1991, o autor holandês, Richard Klinkhamer, tornou-se objeto de especulação pública, após o desaparecimento de sua esposa. O desaparecimento ilustrou os principais jornais da Holanda e Klinkhamer acabou se tornando o principal suspeito. O escritor, nesse ínterim, foi detido uma vez. Entretanto, Klinkhamer foi solto por falta de provas. Em 1992, um ano após o incidente, ele escreveu o livro “Quarta-feira, Dia de Almôndegas de Carne”.

O livro, baseado em sua história, dá apenas dicas, com sete versões ao todo, sobre o que poderia ter acontecido com sua companheira. O livro havia sido recusado por diversas editoras holandesas, mas agora pode ser publicado.

O sombrio Richard Klinkhamer

Klinkhamer nasceu em 15 de março de 1937. Quando tinha cinco anos, ele testemunhou o estupro de sua tia e o assassinato de seu tio. Klinkhamer viveu na Áustria, no início da Segunda Guerra Mundial. Na época, sua mãe tinha um caso com um oficial da SS. Assim como sua tia, ela também foi violentada.

Para sobreviver depois da guerra, sua mãe trabalhou como prostituta. Na ocasião, Klinkhamer passou a viver em diversos orfanatos. Quando completou 19 anos, Klinkhamer passou a fazer parte da Legião Estrangeira Francesa, um ramo do exército francês, formado por voluntários estrangeiros.

Mais tarde, tornou-se auditor. Nesse momento, também começou a escrever. Ele se casou, mas em seguida, se divorciou. Foi então, que conheceu Hannelore Godfrinon, a esposa que desapareceu e tornou-se pauta do livro “Quarta-feira, Dia de Almôndegas de Carne”.

Godfrinon era 10 anos mais nova. “Ela era obcecada por Klinkhamer”, recordou ao The Guardian Harry Wieters, um dos amigos de Godfrinon. Em 1978, os dois se casaram e se mudaram para o pequeno vilarejo de Ganzedijk, no norte da Holanda.

A princípio, o casamento era visto por todos, como uma relação estável. Mas depois que Klinkhamer perdeu todas as suas economias no mercado de ações e começou a beber, a relação se transformou.

Segundo Wieters, Godfrinon costumava ficar com os amigos, quando o marido estava bêbado. Por causa disso, suas amigas começaram a suspeitar que Klinkhamer poderia estar abusando de sua mulher.

Em fevereiro de 1991, o escritor denunciou o desaparecimento de sua esposa à polícia. “Ele não a procurou”, lembrou Janny Berkhemer, companheiro de trabalho de Godfrinon.

O livro

Klinkhamer, após ter se tornado o principal suspeito, foi preso. Mas por falta de evidências, foi solto em seguida. Um ano depois que sua esposa desapareceu misteriosamente, Richard Klinkhamer visitou seu editor, Willem Donker, com um manuscrito. O livro, basicamente, era composto por sete versões. Cada uma relatava como Klinkhamer teria ‘assassinado’ sua esposa.

Dos sete métodos descritos em seu manuscrito, um, dos mais intrigantes,envolvia o fato do cadáver de Godfrinon ter passado por um moedor de carne. O livro era tão mórbido, que Donker o rejeitou. Klinkhamer, então, resolveu mudar de ares. Foi quando o escritor deixou sua casa na zona rural, em Gandedijk, norte da Holanda, onde, até 1997, exercia sua faceta de artista plástico.

Uma recente reforma no jardim, ordenada pelos novos inquilinos da casa, resultou no descobrimento de alguns restos humanos. A polícia holandesa afirmou que a arcada dentária pertencia à enfermeira desaparecida e esposa do artista.

Depois disso, Klinkhamer confessou o crime, dizendo que a golpeou com um objeto na cabeça, após uma discussão, mas não revelou o que fez com o corpo. Agora, preso, tem recebido ofertas das editoras. Como seu advogado desaconselhou a publicação, Klinkhamer estuda reescrever partes do livro.

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