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O legado de Oppenheimer: o que aconteceu com o pai da bomba atômica depois do Projeto Manhattan?

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Com um filme prestes a estrear, o legado de Oppenheimer volta a ser assunto de discussão. Afinal, o pai da bomba atômica teve uma história curiosa e cheia de reviravoltas.

J. Robert Oppenheimer foi um renomado físico teórico norte-americano. Ele nasceu em 22 de abril de 1904, em Nova Iorque, e faleceu em 18 de fevereiro de 1967.

Oppenheimer é mais conhecido por seu papel no Projeto Manhattan, que foi um programa de pesquisa e desenvolvimento durante a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de criar a primeira arma nuclear.

Ele foi nomeado diretor do Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México, onde liderou a equipe de cientistas e engenheiros que projetou e construiu a primeira bomba atômica. Além disso, sua liderança e contribuição para o Projeto Manhattan foram fundamentais para o sucesso do programa.

Via UOL

Após a Segunda Guerra Mundial, Oppenheimer foi um dos principais defensores do controle internacional de armas nucleares e fez esforços para promover o uso pacífico da energia nuclear.

No entanto, ele enfrentou dificuldades políticas devido às suas ligações anteriores com o Partido Comunista dos Estados Unidos e suas críticas à política nuclear dos EUA.

Assim, em 1954, Oppenheimer foi acusado de segurança nacional e teve sua autorização de acesso a informações sigilosas revogada.

Essa decisão gerou muita controvérsia, e o legado de Oppenheimer o transformou em uma figura polarizadora na comunidade científica e na opinião pública.

Legado de Oppenheimer

Via UOL

Após o Projeto Manhattan, J. Robert Oppenheimer enfrentou um período conturbado em sua vida pessoal e profissional.

Isso porque sua reputação se afetou pelas acusações de que ele era um simpatizante comunista e que possuía associações com o Partido Comunista dos Estados Unidos no passado.

Durante a década de 1930, Oppenheimer se envolveu em atividades políticas e teve amizades com pessoas que eram membros do Partido Comunista.

No entanto, embora nunca comprovem que ele era um membro oficial do partido, suas conexões passadas levaram a suspeitas e preocupações sobre sua lealdade política.

Pós-guerra

Após a Segunda Guerra Mundial, durante o auge da Guerra Fria, o governo dos Estados Unidos estava intensamente preocupado com a espionagem comunista e a disseminação de informações nucleares para a União Soviética.

Oppenheimer foi investigado pelo governo e enfrentou um inquérito de segurança em 1954, conhecido como a Audiência de Segurança de Oppenheimer.

Durante a audiência, Oppenheimer admitiu ter sido membro do Partido Comunista na década de 1930, mas afirmou que nunca havia sido um agente comunista ou realizado atividades subversivas.

Apesar disso, as evidências reunidas contra ele, incluindo depoimentos de colegas e amigos, levaram à revogação de sua autorização de acesso a informações sigilosas, sob a alegação de que ele era um risco para a segurança nacional.

Essa decisão foi altamente controversa e causou divisões na comunidade científica.

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Muitos cientistas e intelectuais protestaram contra a revogação da autorização de Oppenheimer, alegando que era uma represália política e um ataque à liberdade acadêmica.

No entanto, outros apoiaram a decisão, citando as ligações passadas de Oppenheimer e suas supostas simpatias comunistas.

Após o incidente, Oppenheimer se afastou da pesquisa nuclear e sua carreira científica sofreu um golpe significativo.

Porém, ele continuou a lecionar e a se envolver em pesquisas na área de física teórica, trabalhando na Universidade de Princeton.

Por fim, J. Robert Oppenheimer morreu em 18 de fevereiro de 1967, aos 62 anos, de câncer de garganta.

Sua morte marcou o fim de uma vida cheia de tumultos, na qual ele foi uma figura central no desenvolvimento da bomba atômica. Posteriormente, enfrentou controvérsias e acusações políticas.

O legado de Oppenheimer é uma contribuição para a ciência, como um dos cientistas mais influentes do século XX que continuam a ser reconhecidos.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, UOL, UOL

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