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O líder da resistência polonesa que entrou voluntariamente em Auschwitz

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O nazismo foi um regime cruel que todos estão familiarizados. Quando Witold Pilecki entrou nos portões de concentração de Auschwitz ele disse que “se despediu de tudo que eu conhecia até agora nesta Terra e entrou em algo que aparentemente não é mais dele”.

Em momentos de guerra, há as pessoas que se oferecem para servir sopa, ajudar nos abrigos e têm aqueles, como esse capitão. No começo da Segunda Guerra Mundial, ele ouviu várias coisas ruins sobre o que acontecia atrás dos portões de Auschwitz. Mas eram só boatos e a resistência polonesa anti-nazista precisava de alguém lá para saber as verdades e foi aí que o capitão Witold Pilecki se ofereceu para ir.

Auschwitz

No dia 19 de setembro de 1940, o capitão foi para uma rua em Varsóvia quando estava acontecendo um round de poloneses. Foram capturados cerca de 2.000 pessoas junto com Pilecki. Quando eles foram levados para dentro do campo, as atrocidades começaram e ele viu que aquele lugar não era uma prisão comum ou um campo de prisioneiros de guerra. “Aqui entregamos tudo em sacolas, para as quais os respectivos números foram amarrados. Aqui nossos cabelos da cabeça e do corpo foram cortados, e nós fomos levemente borrifados pela água fria. Eu tenho um golpe no meu queixo com uma vara pesada. Eu cuspi meus dois dentes. O sangramento começou. A partir desse momento nos tornamos meros números – eu usava o número 4859”, contou.

O trabalho que Witold Pilecki foi designado a fazer foi o de carregar e descarregar pedras de carrinhos de mão dia após dia. E era bem provável que essas rochas construíram câmaras de gás ou crematórios.

O capitão também percebeu que a comida dada para os prisioneiros manteria uma pessoa viva por apenas seis dias e foi informado por um guarda que se um prisioneiro vivesse mais que isso era porque ele tinha roubado comida, e isso era punido com a morte.

Mesmo dentro do campo Pilecki conseguiu montar uma rede de prisioneiros para ajudá-lo na resistência e mandava mensagens ao seu exército, do lado de fora, por mensagens costuradas nas roupas. Em 1942, sua rede já tinha 500 pessoas.

Fuga

Depois de três anos no campo de concentração, Pilecki decidiu que poderia ser mais útil do lado de fora. Em abril de 1943, ele conseguiu escapar em um breve momento em que a porta da cozinha estava aberta e desprotegida.

“Tiros foram disparados atrás de nós. Com que rapidez estávamos correndo, é difícil descrever. Estávamos rasgando o ar em farrapos com movimentos rápidos de nossas mãos”, ele escreveu nos seus últimos relatórios.

O capitão conseguiu viver 947 dias em Auschwitz, onde a expectativa de vida eram apenas 42 dias. Ele sobreviveu a desnutrição, espancamentos e trabalho árduo. Em 1945, ele começou a escrever seu relatório sobre a missão no campo de concentração Desse relatório, nasceu o livro O Voluntário de Auschwitz, onde as informações sobre o capitão e o que ele viveu são contadas.

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