Curiosidades

O lugar mais perigoso na história da Terra pode ter sido encontrado por paleontólogos

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Nosso mundo é cheio de mistérios e segredos. Nós vivemos tentando descobrir ou decifrar vários deles, se não todos. O ser humano é movido pela curiosidade e não é à toa que já fomos capazes de desvendar uma grande quantidade de acontecimentos que remontam a milhares de anos atrás.

Desde os primórdios da civilização, a humanidade tenta entender o passado. E achados arqueológicos sempre intrigaram e ajudaram a ciência nessa descoberta. Os objetos e construções encontrados foram muito importantes na história do mundo. Eles foram e são essenciais para a compreensão de momentos históricos e  também para o entendimento do períodos antigos.

E um novo artigo bastante abrangente descobriu que um depósito pouco estudado de rochas do Cretáceo que fica à beira do deserto do Saara era, na verdade, mais do que somente um lugar para os dinossauros.

O chamado Grupo Kem Kem, fica na leste no Marrocos, e pode ser um dos principais candidatos da época para ser o lugar mais perigoso do planeta para se estar vivo na pré-história. Isso é baseado no seu grande número de carnívoros grandes que viviam ali, de acordo com os registros fósseis.

Local

De acordo com os pesquisadores, a situação que era vista nesse lugar na pré-história não é compatível com nenhum ecossistema moderno. A situação era de que o número de carnívoros grandes era bem grande em comparação com uma certa falta de herbívoros.

“Este foi sem dúvida o lugar mais perigoso da história do planeta Terra. Um lugar onde um viajante do tempo humano não duraria muito”, disse o paleontólogo Nizar Ibrahim, da Universidade de Detroit Mercy.

Nesse novo estudo, Ibrahim e sua equipe analisaram as muitas evidências fósseis. Que eram datadas do antes chamado “Camas Kem Kem”. Ele era um depósito rico em fósseis de estratos antigos que ficava perto da fronteira marroquino-argelina. E é datado do final do Cretáceo.

Perigo

Esse local já era conhecido há muito tempo pelos paleontólogos e pelos caçadores comerciais de fósseis. Por isso, o resto dos fósseis de vários animais como dinossauros e antigos répteis estão espalhados pelo mundo em coleções particulares.

Por causa dessa comercialização de fósseis, o Grupo Kem Kem não estava sendo visto pelo que realmente ele representa. E é isso que Ibrahim e sua equipe tentaram mostrar com sua nova análise.

“Este é o trabalho mais abrangente sobre os vertebrados fósseis do Saara em quase um século. Desde que o famoso paleontólogo alemão Ernst Freiherr Stromer von Reichenbach publicou seu último trabalho importante em 1936”, explicou um dos membros da equipe, o paleobiólogo David Martill da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido.

A análise sugere que o Grupo Kem Kem tinha dois lugares distintos ricos em fósseis. Eles eram chamados de Gara Sbaa e Douira superiores. Esses dois lugares tem uma grande variedade de dinossauros e pterossauros. E também antigos crocodyliformes, tartarugas, restos de peixes, além de vários fósseis de invertebrados, plantas e vestígios.

Predadores

E a característica mais notável do lugar é o que ficou conhecido como “enigma de Stromer”. Que é a super abundância de predadores em relação a herbívoros. No Grupo Kem Kem isso é visto pela presença de quatro tipos diferentes de terópodes. Para se ter uma ideia, a maioria das formações mesozoicas como essa tinham apenas dois  grande predadores.

“Além da superabundância de predadores de dinossauros de corpo grande, pelo menos três dos quatro predadores de corpo grande presentes nas assembleias de Kem Kem e Bahariya estão entre os maiores predadores de dinossauros do mundo”, escreveram os pesquisadores.

E o registro fóssil mostra que não existia uma abundância e nem diversidade de herbívoros de corpo grande. Mas isso não quer dizer que os predadores não tinham o que comer. Naquela época, a área tinha um grande sistema fluvial e uma abundância de peixes e outros animais marinhos.

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