Curiosidades

O ‘médico do inferno’ que assediou 150 pessoas

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Durante mais de 20 anos, Larry Nassar foi médico da seleção americana de ginástica. No entanto, hoje ele enfrenta quase 150 acusações de abuso sexual. Essa é a história do ‘medico do inferno’ que assediou 150 pessoas.

Com dez crimes confessados, ainda há muitos para ser descoberto nessa história. Além disso, com tantos relatos e até mesmo, casos de suicídio, muitos podem se perguntar: afinal, quem “protegeu” Larry Nassar durante todo esse tempo?

Ele não vai sair tão cedo da prisão

Quando tinha apenas dez anos, Chelsea Markham tinha o sonho de se tornar uma ginasta profissional. Com essa idade, ele visitou Larry Nassar pela primeira vez. Isso porque todas as ginastas de topo queriam visitar o médico. No entanto, depois da visita, ela contou a mãe que o médico havia coloca os dedos sem luvas em sua vagina. Antes mesmo dos 14, ela deixou a ginástica e desistiu de seu sonho. Nos próximos anos, ela desenvolveu depressão e teve vários problemas com drogas. Em 2009, ela cometeu suicídio, com apenas 23 anos. Contudo, esse é apenas um dos relatos dos abusos de Larry Nassar.

Aos 54 anos, o ‘médico do inferno’ foi condenado a 60 anos de prisão por posse de pornografia infantil. Em uma carta, ele escreveu que sentia muito. “Tudo o que aconteceu foi um fósforo que se converteu num incêndio florestal sem controle. Rezo o rosário todos os dias para pedir perdão. Quero que as feridas que abri sarem, é hora”, declarou Larry. Contudo, a resposta para a carta de seis páginas não foi nenhum pouco sutil. “Tenho a dizer que não vale o papel onde está escrito. Pode achar severo estar aqui a ouvir. Mas nada é tão severo como aquilo que suas vítimas suportaram durantes centenas de horas em suas mãos”, disse Rosemarie Aquilina, juíza do caso.

Sua primeira denúncia apareceu em 1994

Além de ser amigo da família de diversas vítimas, Larry também era uma das personalidades mais reputadas no desporto americano. Em 1996, por exemplo, ele esteve nos Jogos Olímpicos e todos as ginastas conheciam seu nome. Entretanto, dois anos antes, em 1994, pela primeira vez, uma atleta havia se queixado do médio. Contudo, o caso foi “abafado”. Ninguém quis saber. Ou melhor, ninguém queria acreditar. Mas as denúncias aumentaram, em 1998, outros dois casos apareceram. Depois disso, em 2000, uma jovem se queixa de ter sido abusada no tratamento de um problema nas costas. Até 2017, Larry era um homem normal, casado e com três filhas.

Durante as audições, o médico nunca olhou para as vítimas. Além disso, raramente ele demonstrou expressões faciais ou reações que fossem diferentes do normal. Hoje, percebemos que os mais de 89 depoimentos poderiam ter sido evitados. No entanto, não foram. Em um relato, uma atleta deveria sido tratada em um dor na perna. Entretanto, as sessões de “tratamento especial” duravam 45 minutos e se repetiram por mais de 20 vezes. “As ginastas são treinadas para aguentarem a dor, para não se queixarem e obedecerem, e ele utilizava essa cultura, para executar estes asquerosos abusou”, disse a ex-atleta, Chelsea Kroll.

Dessa forma, mesmo com a condenação, Larry precisa passar um mínimo de 25 anos efetivos na cadeia. Além disso, com mais de 37 mil imagens de pornografia infantil no seu computador, pode ser que muitos casos ainda venham à tona.

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