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O ‘Menino do Acre’ reapareceu e revelou a verdade por trás de tudo

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Você se lembra do Bruno Borges? Um acreano, de 25 anos, que desapareceu em 2017? O caso tornou-se destaque mundial na época. No entanto, a repercussão gerada não foi devido ao desaparecimento em si, mas sim porque o jovem havia deixado todo o quarto com mensagens criptografadas. E quando digo todo, é do chão ao teto. Além das mensagens, havia também uma estátua, em tamanho real, do filósofo italiano Giordano Bruno. O mistério lhe rendeu a alcunha de ‘Menino do Acre’. 

Depois de quase dois anos sem ser lembrado, o jovem, novamente, tornou-se assunto dos principais meios de comunicação. Isso porque ele resolveu aparecer e contar o que realmente aconteceu. Agora, ele dorme em um pequeno cômodo no segundo piso da casa, no bairro do Aviário, na região central do Acre. O quarto continua do mesmo jeito. A diferença é que está aberto ao público. 

Hoje, com 27 anos, o ‘Menino do Acre’ é estudante de Psicologia, do Centro Universitário Uninorte. Borges deve se formar no fim de 2019. Desde então, o quarto não é mais utilizado como dormitório. “Atualmente, é restrito à obra de arte”, explica. Para o pai do garoto, o quarto é incrível porque ali é possível ter paz de espírito. 

Explicações

De 27 de março a 11 de agosto de 2017, o ‘Menino do Acre’, supostamente, ficou desaparecido. Seu quarto, cheio de mensagens cifradas, ganhou destaque, em todos os jornais. Até hoje, Borges nega dizer onde estava. O jovem também não fala sobre o que fez nesses dois anos, em que esteve desaparecido.

Poucas informações foram disponibilizadas por Bruno. Sabe-se que ele ficou completamente “isolado da sociedade, sem contato com quaisquer outras pessoas”. O ‘Menino do Acre’ informou também à imprensa que se preparou durante cinco anos para viver tal experiência. “Levei alguns suprimentos para garantir minha sobrevivência”, comenta. Além de comida, o jovem diz também ter carregado “alguns livros de filosofia e cabala”. “Ao longo dos dias, eu lia, refletia e meditava o tempo todo a respeito da vida, do universo, da psiquê e dos seus mistérios. Meu objetivo era apenas um: autoconhecimento”, explica.

Ainda de acordo com Bruno, ele passou “muito frio” e ficou “muito fraco fisicamente”. “Porém, a maior dificuldade que encontrei foi encarar meus medos, angústias, dúvidas e uma série de coisas que passei a vida escondendo de mim mesmo”, relata. “Acredito que a busca pela verdade sobre a vida é algo extremamente raro entre os indivíduos justamente porque ninguém quer lidar com o fato de que a vida é uma grande ilusão. Acreditem nisso: nós não nos conhecemos, não sabemos nada a respeito de nós mesmos e esta é uma cruz que só carrega quem se permite.”

O acriano acredita que as pessoas que não conhecem a sua história jamais vão compreender sua atitude. “Fui para viver uma experiência espiritual”, afirma. No entanto, muitos acreditam que o desaparecimento não foi nada além de uma estratégia de marketing. Na época, Borges havia lançado um livro. 

O livro

O livro do Menino do Acre foi publicado no fim de junho de 2017. Na época, Borges ainda estava em seu suposto retiro. Com o nome de A Teoria da Absorção do Conhecimento, o livro teve uma tiragem de 20 mil exemplares. Além disso, a obra, de acordo com um levantamento do site especializado PublishNews, chegou a figurar entre os mais vendidos. Por outro lado, foi um fracasso de crítica. Ali, em seus textos, Borges defendia ideias esdrúxulas. O livro também foi alvo de críticas por causa do texto, repleto de erros gramaticais e interpretações heterodoxas de obras filosóficas do cânone ocidental.

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