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”O milagre de Durango”, onde 103 pessoas sobreviveram a um desastre aéreo

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Viajar de avião, para muitos, é um sonho. E quem já viajou, sabe o quão confortável e prática essa experiência pode ser. As distâncias parecem menores e o tempo, que se leva para chegar ao destino final, é muito mais rápido, do que em qualquer outro meio de transporte.

Várias pessoas têm medo de viajar de avião, ainda que ele seja considerado um dos meios de transporte mais seguros do mundo. Mas mesmo sendo um dos meios mais seguros, acidentes ainda podem acontecer.

E um desses acidentes foi a queda do voo AM2431, da Aeroméxico, que sucedeu-se em 31 de julho de 2018. “Sabia que, apesar das chamas, eu tinha de pular”, disse a colombiana, Jacqueline Flores, uma das passageiras. “A aeronave se partiu e o fogo avançava rapidamente. As pessoas estavam em pânico”, relembrou.

Segundo José Rosas, governador do Estado de Durango, assim que o avião decolou do aeroporto internacional local, ele foi “afetado, repentinamente, por uma rajada de vento. Algo que o fez descer bruscamente e tocar o solo com a asa esquerda. O que fez seus dois motores se soltarem”.

De acordo com as informações que foram divulgadas para a imprensa, o avião, modelo Embraer E190, foi projetado para fora da pista e foi se arrastando por 300 metros, em um terreno coberto por mato.

A passageira Jacqueline Flores contou que a aeronave ficou bastante danificada e que, logo, foi tomada por fumaça. Mas, mesmo nesse estado, vários passageiros conseguiram sair caminhando, antes que as equipes de emergência chegassem.

A bordo do avião estavam 88 adultos, nove crianças, dois bebês, dois pilotos e dois tripulantes. Os passageiros sofreram ferimentos em diferentes graus de intensidade mas, felizmente, todos sobreviveram. E é por conta desse fato que o acidente começou a ser chamado de “o milagre de Durango”.

Fatores

Alguns fatores ajudaram para que esse milagre acontecesse. Segundo o governador do estado, como o avião ficou na posição horizontal e isso ajudou na hora de ativar os tobogãs, para que os passageiros começassem a sair antes do começo do incêndio.

De acordo com Guillermo Galván, diretor editorial do Transponder 1200, que é um veículo especializado em aviação, três fatores foram necessários para que acontecesse esse “milagre”.

O primeiro fator foi a fuselagem da aeronave, que se manteve em condições boas o suficiente para que fosse possível se realizar uma saída dos passageiros. Esse equipamento tinha recebido manutenção em fevereiro daquele ano.

O segundo fator foi a tripulação ter seguido, de forma correta, os procedimentos de emergência. E por fim, o fato de que os passageiros saíram rapidamente do avião, mesmo com o caos e o pânico.

Quando o avião se partiu ao meio, cerca de duas poltronas na frente de onde Jacqueline Flores estava com sua filha de 16 anos, ela soube que era por ali mesmo que ela tinha que sair da aeronave.”É um milagre que tenhamos todos saído vivos. Temos muita sorte”, disse.

O total de pessoas feridas ainda é incerto. Mas alguns relatos dizem que 80 pessoas foram levadas para diferentes hospitais, com ferimentos leves. E que duas pessoas estavam em estado grave. Uma delas foi o piloto, Carlos Galván, que passou por uma cirurgia na coluna. Além de uma menin,a que teve queimaduras em 25% do corpo.

Causa

Ainda estão investigando as causas do acidente. Mas especialistas dizem que o clima ruim pode ter sido o principal causador. E saber exatamente qual foi a causa, pode demorar um pouco mais. Porque segundo Luis Gerardo Fonseca, diretor-geral de Aviação Civil, a perícia das caixas-pretas podem levar meses.

“Além do clima, há fatores técnicos que devem ser considerados”, disse Galván. E o acidente de Durango é o maior da aviação comercial mexicana desde 2008. Nesse ano, 16 pessoas morreram em um acidente com um Learjet 45, na Cidade do México.

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