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O ‘pai-herói’ que se jogou contra um homem bomba para salvar dezenas de vidas:

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Em 2015, Paris sofreu um ataque terrorista. O responsável pelo ato foi o grupo extremista, que se autodenomina Estado Islâmico. Um dia antes, o mesmo grupo cometeu um atentado, com um homem bomba, em um bairro popular de Beirute, no Líbano. Porém, nessa ocasião, um pai herói se jogou contra esse homem bomba, para salvar dezenas de vidas. O ataque matou 41 pessoas, mas poderia ser bem mais devastador em número de vítimas, se não fosse por Adel.

Adel Termos, de 32 anos, estava no mercado do bairro em Beirute, com sua filha. Nesse ínterim, o homem escutou um barulho de explosão. E em seguida, viu um homem usando colete, e coberto por explosivos, se aproximar da multidão. Adel se jogou contra o homem-bomba e o derrubou no chão. Assim que caiu, o homem acionou a bomba.

Adel morreu na hora, e salvou não apenas a vida de sua filha, como a de inúmeras pessoas que estavam ali no local na hora do atentado.

Pai e herói

O ataque terrorista aconteceu em Burj al Barajneh, bastião do Hezbollah, na cidade de Beirute. Em suma, os ataques se estenderam pela capital libanesa, deixando 41 mortos e 200 pessoas feridas. A ação heroica de Adel Termos foi transmitida pela imprensa local. Posteriormente, a ação alcançou a mídia internacional.

“Há muitas famílias, centenas provavelmente, que devem tudo ao sacrifício dele”, afirmou o médico libanês, Elie Fares, à rádio norte americana.

O sacrifício de Adel acabou sendo ofuscado pelo ataque terrorista à cidade de Paris. O local teve cerca de 132 mortos e 300 pessoas feridas, sendo 100 delas em estado grave.

O médico, Elie Fares, divulgou em seu blog, sua indignação com a diferença que ambos os casos tiveram em termos de repercussão na mídia. O ataque em Paris foi amplamente divulgado. Por outro lado, o de Beirute não teve o mesmo espaço nos noticiários.

“Quando minha gente morre, nenhum país se importa a iluminar seus prédios emblemáticos com as cores de nossa bandeira”, queixou-se o médico.

Adel Termos foi homenageado em Tallousa. Durante seu enterro, uma bandeira da organização palestina xiita, Hezbollah, foi colocada em cima de seu caixão. O cortejo fúnebre foi acompanhado por uma multidão de pessoas, todas gratas pelo ato heroico. Dois dos filhos de Adel carregavam uma foto do pai.

Ataque ao Hezbollah

Os ataques na região não são os únicos, a Síria também vem lutando contra o grupo autodenominado Estado Islâmico. O bairro Hezbollah tem um grupo aliado do presidente sírio, Bashar Al-Assad. E por isso, mandou centenas de militantes para lutar na guerra civil da Síria. Isso faz com que Hezbollah se torne alvo de extremistas, fazendo com que sofram com ataques de militantes sunitas.

Outras explosões anteriores também tiveram como alvo áreas xiitas populosas do Líbano. E esses ataques de homem-bomba foram reivindicados por militantes, que se declararam como vingadores. Isso devido, à participação do Hezbollah na guerra civil da Síria.

O Estado Islâmico e a Al Nursa, que é filial da Al Qaeda na Síria, combate o governo de Assad na região da fronteira da Síria com o Líbano. Esses confrontos costumam ultrapassar a fronteira do Líbano, causando bombardeios entre os países vizinhos.

O ataque em Hezbollah foi um dos atentados mais mortíferos a acontecer no país, desde o fim da guerra civil libanesa, que aconteceu entre 1975 e 1990.

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