Ciência e Tecnologia

O primeiro medicamento contra o coronavírus foi aprovado no Reino Unido

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Recentemente, o Reino Unido anunciou que irá disponibilizar o primeiro medicamento contra o coronavírus. Contudo, o medicamento é recomenda apenas para pacientes graves. Desse modo, seu foi autorizado apenas no Reino Unido, Estados Unidos e Japão para casos específicos. No caso do Brasil, o medicamento ainda não está disponível para uso. Isso porque, a patente não foi solicitada no país.

O antiviral pode acelerar a recuperação de pacientes com Covid-19, mas ainda está longe de ser uma cura definitiva. Criado para ser utilizado no tratamento de hepatite C, o uso do remdesivir está sendo considerado um dos maiores avanços no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus.

O processo de recuperação do paciente pode ser encurtado em cerca de quatro dias

Segundo o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, o uso do medicamento pode ser considerado o maior passo no tratamento da Covid-19 desde o início da pandemia. Dessa forma, o medicamento somente passou a ser disponibilizado após resultados de pesquisas recentes. Ainda segundo Hancock, com o uso do medicamento, o tempo de recuperação de um paciente pode ser reduzido em cerca de quatro dias.

Atualmente, um dos maiores enfrentados que a Covid-19 impõe é a falta de leitos. Isso porque, uma vez que os pacientes sejam internados com a doença, eles podem permanecer internados pelo mesmo paciente por semanas. Contudo, o uso da remdesivir poderia se tornar uma arma na luta contra a doença.

Sendo desenvolvido pela empresa farmacêutica americana Gilead, o remdesivir também foi testado como tratamento contra o ebola e o vírus de Marburg, causador de um tipo de febre hemorrágica, mas sem sucesso. Porém, no caso do novo coronavírus, o medicamento se mostrou promissor no tratamento.

Atualmente, o Reino Unido é o segundo país com mais mortes por Covid-19 no mundo, segundo dados do dia 27/05. Assim, são mais de 37 mil mortes, estando atrás apenas dos Estados Unidos, com quase 99 mil mortes. Enquanto isso, o Brasil já totaliza mais de 25,5 mil mortes.

Testes promissores com o medicamento

Nesta terça-feira (26/05), foram publicados resultados preliminadores dos testes clínicos realizados com o medicamento nos Estados Unidos. Desse modo, foi concluído que o medicamento apresentava melhor desempenho no tratamento contra casos severos de Covid-19. Esses são casos que necessitavam de respirador e cuidados adicionais. No entanto, não foi possível observar os efeitos do medicamento em casos mais leves de infecções do novo coronavírus.

Para a realização dos testes, foram utilizados 1.063 pacientes em dez países, que foram observados ao longo de 58 dias. Dessa forma, um grupo de participantes recebeu o antiviral por dez dias, juntamente com cuidados normais do tratamento de Covid-19. Enquanto isso, um outro grupo recebeu um placebo. Por fim, os resultados apontaram para uma taxa de mortalidade de 8% para os que receberam o remédio e 11,6% para os que receberam o placebo.

De acordo com os pesquisadores, o próximo passo do estudo é avaliar a combinação do remédio com um anti-inflamatório utilizado no tratamento contra artrite reumatoide. Porém, de toda forma, o medicamento ainda não representa uma cura contra a Covid-19, mas sim, uma possibilidade para o tratamento.

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