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O que aconteceria se aparecesse um buraco negro em seu bolso agora?

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Dentre os diversos corpos espaciais existentes, um dos mais fascinantes é o buraco negro. Além de ser fascinante, é também misterioso. Afinal, essa estrutura possui um campo gravitacional tão forte que, de acordo com especialistas, nem a luz consegue escapar de seu poder.

Para mostrar o colossal poder neste campo gravitacional, um grupo de designers, jornalistas e estudiosos alemães criaram um vídeo, pra lá de interessante. Para criar o vídeo, o grupo trabalhou em uma suposição um tanto diferente: e se você tivesse um buraco negro no bolso?

Imagine um buraco negro, com a massa de uma moeda, ou com a largura de uma moeda. Agora, suponhamos que essa moeda pese cerca de 5 gramas de massa. Em suma, esse buraco negro teria um raio de 10 elevado a -30 metros.

Isso significa que o buraco negro seria extremamente pequeno. Um buraco negro pequeno também tem um curto tempo de vida. Essa pequena massa iria irradiar em cerca de 10, elevado a -23 segundos.

Consequentemente, esses 5 gramas de massa seriam convertidos a 450 terajoules de energia. A conversão ocasionaria uma explosão 3 vezes maior do que as bombas atômicas, jogadas em Hiroshima e Nagasaki. Isso, mesmo se combinadas.

Por esse motivo, caso encontre um buraco negro no seu bolso, tenha apenas uma certeza: você morreria.

Efeitos

De fato, o buraco negro, com um diâmetro de uma moeda, teria uma força gravitacional bilhões de vezes maior do que o nosso planeta. A força gravitacional, exercida sobre você, seria tão forte que iria transformar seu corpo em pedaços. Entretanto, isso aconteceria antes mesmo de você perceber.

Isso ocorre porque o fenômeno da gravidade é bem diferente em objetos densos. O alcance da atração gravitacional se estende em todo o universo observável. Além disso, a atração gravitacional aumenta, à medida que os objetos se afastam.

Se você ficar no meio de um buraco negro do tamanho de uma moeda, seu corpo ficaria centenas de vezes mais perto do centro. Além disso, a força gravitacional seria dezenas de milhares de vezes mais forte.

Normalmente, um buraco negro, que se forma no universo, seria capaz de consumir o planeta Terra para seu interior. Entretanto, cientificamente falando, a Terra começaria a orbitar o buraco negro.

Enquanto a Terra ainda tivesse massa, o planeta seria consumido a cada momento. O buraco negro, naturalmente, duplicaria a própria massa. Ainda nesse ínterim, o fenômeno de forças, oriundas do buraco negro, iria, possivelmente, perturbar os asteroides, que estivessem próximos da Terra.

O buraco negro, então, continuaria a orbitar o Sol no lugar da Terra. Nesse caso, não apenas você, mas toda a população mundial morreria.

Os buracos negros de Hawkins

Stephen Hawking, há exatos quarenta anos, chocou a comunidade científica. Isso, quando disse que buracos negros emitem radiação continuamente, uma vez que efeitos quânticos são levados em consideração. A afirmação desestruturou especialistas da área. Por quê? Bom, para a astrofísica, a temperatura dessa radiação é bem menor do que a do ‘plano de fundo cósmico’. Isso significa que não conseguimos detectá-la com a tecnologia atual. 

Entretanto, os cálculos de Hawking mostram o contrário. Se um buraco negro emite radiação de forma contínua, a estrutura perderá massa constantemente. Como consequência, a massa, eventualmente, evapora. Seguindo tal pressuposto, Hawking percebeu que, se um buraco negro pode evaporar, a informação sobre ele seria perdida para sempre. 

Por isso, em suma, mesmo que a radiação de um buraco negro seja definida, poderíamos nunca descobrir como a estrutura se formou. Isso, então, viola uma regra importante da mecânica quântica: a de que a informação não pode ser perdida ou criada. 

Demorou cerca duas décadas para que cientistas chegassem a uma possível solução. A comunidade científica sugeriu que a informação, gravada em um buraco negro, é proporcional à área de sua superfície, ao invés do volume. A solução, assim, confirma a teoria de Hawking.

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