Ciência e Tecnologia

O que aconteceu com a Youtuber que comeu maçãs de Chernobyl?

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Em 2012, uma YouTuber obcecada radioatividade que atende pelo apelido Bionerd23 postou um vídeo em que ela estava nas profundezas da Zona de Exclusão de Chernobyl. Ela estava em uma área evacuada devido ao maior risco de contaminação após a precipitação de 1986, após o acidente da central nuclear.

Em seu vídeo, Bionerd23 mede os níveis de radiação de um jardim de infância em que já foi a vila de Kopachi, filmando a si mesma se locomovendo com um contador Geiger. Bionerd23 tornou-se uma sensação do YouTube. Em 2014, ela apareceu em um episódio de do Discovery Channel focado nos atos revoltantes da ciência.

Bionerd23, que firmemente mantém seu anonimato e evita mencionar sua idade ou localização exata, é uma estudante de física em uma universidade na Alemanha. Ela tornou-se obcecada com física nuclear antes que mesmo de entrar na faculdade. Ela fez um experimento aparentemente perigoso para seu canal: comer maçãs de uma árvore perto da usina de Chernobyl.

Isso pode parecer mais perigoso do que é, de acordo com Ron Chesser, um professor de ciências biológicas que estuda a dispersão de radiação e acidentes nucleares na Texas Tech University. “A excursão pela Zona de Chernobyl vai transmitir radiação de cerca de metade de uma radiografia de tórax, mesmo se você comer um alqueire de maçãs ao longo do caminho, não terá grande perigo”, diz ele.

No entanto, se alimentar durante anos de alimentos da zona de exclusão pode representar um risco real. “Alguns produtos alimentares (cogumelos, javali, alguns peixes) podem ter níveis de radioatividade muito superiores aos das maçãs”, explica ele. “Obviamente, uma dieta constante de produtos dessa zona poderia incorrer em alguns riscos reais para os consumidores depois de anos vivendo em áreas contaminadas.”

Embora a zona de exclusão tenha sido oficialmente evacuada há 29 anos, ainda existem algumas pessoas que vivem lá. Mais de cem pessoas, a maioria mulheres idosas, voltaram para a zona para viver nas comunidades contaminadas em torno da usina.

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O acidente em Chernobyl é o pior acidente nuclear da história. É um dos dois únicos acidentes classificados como nível 7 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (sendo o outro o acidente nuclear de Fukushima I, no Japão, em 2011). A batalha para conter a contaminação radioativa e evitar uma catástrofe maior envolveu mais de 500 mil trabalhadores e um custo estimado de 18 bilhões de rublos.

O número de mortes causadas pelos eventos de Chernobyl não é certo, devido às mortes esperadas por câncer, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data. O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países.

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