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O que é a ozonioterapia?

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pandemia do coronavírus está deixando todas as pessoas bastante assustadas e surpresas. O COVID-19 surgiu em Wuhan, na China. E por causa de sua intensidade e capacidade de matar as pessoas, o mundo todo está passando por uma situação bastante delicada. E está em estado de alerta. Governos do mundo todo tomaram medidas, para proteger seus cidadãos e evitar um contágio ainda maior.

A busca pela vacina ou tratamentos eficazes contra o novo vírus estão a todo vapor. E sempre aparecem medicamentos ou formas “milagrosas” de cura, que as pessoas acabam acreditando por falta de informação ou vontade de que aquilo realmente seja verdade.

O prefeito de Iatají, Volnei Morastoni, anunciou na terça-feira dessa semana que a cidade irá fazer parte do estudo para usar a ozonioterapia por via retal no tratamento dos pacientes infectados com o COVID-19.

E a falta de comprovação científica desse método gerou polêmica. Já que o Conselho Federal de Medicina (CFM) não aconselha o suo laboratorial da ozonioterapia. O anúncio até virou meme nas redes sociais.

A Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz), conseguiu em junho a autorização do Conselho Nacional de Ética e Pesquisa (Conep) para liderar dois estudos com ozônio. Uma em pacientes ambulatoriais e outro nos pacientes já internados com o novo coronavírus.

De acordo com as conclusões da associação, a aplicação de ozônio pelo ânus é uma opção “10 vezes mais barata”d o que a versão intravenosa. A diferença de preço foi explicada por Arnoldo de Souza, cardiologista, sanitarista e presidente da Aboz.

Sem comprovação

Foram autorizados pelo Conep três estudos envolvendo o uso do ozônio no tratamento de COVID-19. Um deles, que foi protocolado em abril, chegou à conclusão de que faltam “estudos clínicos em humanos que demonstrem o efeito de tratamento com ozônio naqueles infectados por coronavírus“.

“O efeito da ozonioterapia em humanos infectados por coronavírus é desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos”, conclui estudo submetido pela Sociedade Brasileira de Ozonioterapia Médica (Sobom), em abril.

Em 2018, o CFM emitiu uma resolução que proíbe os médicos de prescrever a ozonioterapia nos consultórios e hospitais. Essa prescrição pode acontecer em caso de participação de pacientes em estudos experimentais baseados nos protocolos clínicos e critérios definidos pela Conep. Como por exemplo, é o caso de estudo em Itajaí.

O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina disse em nota que “o volume de estudos e trabalhos científicos adequados sobre a prática ainda é incipiente e não oferece as certezas necessárias” para fazer o tratamento das pessoas infectadas com o COVID-19.

Mas Arnoldo de Souza rebate essa afirmação. Ele diz que os testes da Aboz levam em conta os resultados de estudos contra o novo coronavírus feitos na Espanha, Itália e na China.

“É uma das técnicas aprovadas na prática integrativa do Sistema Único de Saúde (SUS). No CFM está no campo experimental, mas é autorizado na Alemanha, Rússia, Itália, Índia e Portugal”, disse.

Autorização

“O prefeito de Itajaí se referiu ao projeto que testará o ozônio em pacientes tratados ambulatorialmente. Já tocamos o estudo em uma clínica em Governador Valadares, em Minas Gerais, outra no Rio de Janeiro e outra em Araraquara”, ressaltou Souza.

“A pesquisa contará com dois grupos. Um deles receberá apenas o tratamento convencional e outro receberá o convencional além da ozonioterapia pela insuflação via retal”, explica.

Esse método é mais barato e  “mais simples, com a mesma eficiência, indolor e sem constrangimento”, garante ele. “Por isso esse critério de testar em pacientes no ambulatório, que abarca mais gente”.

Promessas

De acordo com Souza, o ozônio foi usado pela primeira vez em 1915. Um cirurgião alemão fez esse uso para evitar a amputação de soldados usando esse método. Ele garante que, uma vez que ozônio está no corpo humano, ele “melhora a oxigenação do sangue, é bactericida e leva glicose para a célula, controlando o metabolismo”.

Mas os resultados dessa pesquisa estão bem longe de serem divulgados. Já que a Aboz tem um ano para apresentar o que achou em seu estudo.

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