Mundo Animal

O que está acontecendo com os cães de Chernobyl?

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Muitos de vocês ainda nem eram nascidos, mas no dia 26 de abril de 1986, na antiga República Socialista Soviética da Ucrânia, um reator na Usina Nuclear de Chernobyl explodiu, fazendo com que o conteúdo radioativo se espalhasse. Depois disso, Chernobyl, Pripyat e as comunidades vizinhas foram obrigadas a evacuar a área, fazendo mais de 120 mil pessoas saírem de casa dentro de 30 horas.

No meio dessa bagunça, milhares de cães foram deixados para trás, e até hoje, cerca de mil cães ainda estão abandonados por lá. Um novo projeto chamado “Dogs of Chernobyl”, está enviando veterinários treinados para esterilizar, neutralizar, vacinar e dar os cuidados médicos precisos para os cães que ainda vivem por lá. O programa está sendo liderado por uma organização sem fins lucrativos dos EUA, chamada Clean Futures Fund (CFF, e atualmente está buscando investimentos por crowfunding e doações de equipamentos para as operações.

Os cães também foram equipados com tags eletrônicas e coleiras de monitoramento de radiação para que assim os pesquisadores possam trabalhar e saber sobre os níveis de exposição radioativa na área. Lucas Hixson, co-fundador da CFF, afirmou o seguinte: “Nós estivemos aqui durante as últimas três semanas e meia, e já escarificamos, castramos e vacinamos 300 cães e gatos. Nós também estamos fazendo o trabalho em gatos. De nossa perspectiva, isso é uma questão de segurança para o turismo. O turismo está começando a crescer na área. Os animais estão expostos a doenças como raiva, e se as pessoas interagirem com esses animais, queremos garantir que não haja riscos.”

O CFF estima que mais de 250 cachorros abandonados vivem ao redor da usina nuclear, e pelo menos 225 deles percorrem as ruas vazias da antiga cidade soviética e centenas mais vivem nos arredores. Muitos desses são cães que sofrem de desnutrição e tem graves riscos de ter doenças, como raiva, por exemplo.

A zona de exclusão ainda é visitada por milhares de cientistas, funcionários de segurança, trabalhadores e turistas. Acredita-se que os cães tenham sobrevivido ao ambiente abandonado devido a alimentos e cuidados prestados por poucas pessoas que ainda trabalham em torno da cidade, que muitas vezes foram vistas alimentando e brincando com os animais.

A área ainda oferece muitos perigos por causa dos altos níveis de radiação. Um estudo publicado em 2016 pela revista Scientific Reports, descobriu que pequenos roedores de Chernobyl tem altos níveis de catarata. Apesar da ameaça, a vida selvagem parece estar bem próxima da área. Outro estudo da área diz que um número relativo de lobos, javalis, raposas vermelhas e guaxinins circulam na área. Abaixo vocês podem conferir um vídeo da CFF:

Só podemos esperar que o tratamento dos animais de Chernobyl dê certo. Mas e você, sabia que ainda existia animais vivendo por lá? Comente!

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