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O que há nos infernos de Dante?

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Além de ser um poema épico, A Divina Comédia é um clássico da literatura mundial. O poema foi escrito por Dante Alighieri durante o Renascimento. Toda composta em versos, a extensa obra é dividida em três partes. O protagonista do livro é o próprio poeta Dante Alighieri, que percorre uma viagem entre as três instâncias completamente distintas: Inferno, Purgatório e Paraíso

Em suma, A Divina Comédia foi escrita em florentino, no início do século XIV, e pretendeu fazer uma síntese enciclopédica do conhecimento científico e filosófico da Idade Média. A odisseia é extremamente descritiva e contempla imensos detalhes visuais. Basicamente, o poema é a história da conversão de um pecador. Os versos, em grande parte, sublinham a necessidade de se seguir o caminho do bem e da ética.

O protagonista é o símbolo do ser humano vulgar e representa o cidadão comum, que tem dúvidas, hesita e é tentado pelo mal.

O número 3

Além disso, diversos detalhes presentes na obra estão, de alguma forma, ligados ao número três. Intencionalmente, o composição do poema foi baseada nesse número, que é uma das maiores referência à Santíssima Trindade e ao equilíbrio.

Ainda envolvendo o algoritmo, o poema possui 3 personagens principais. Dante, que é a representação do homem, Beatriz, que é a representação da fé, e Virgílio, que é a representação da razão.

Cada uma das estrofes possui 3 versos e cada uma de suas 3 partes possui 33 cantos. Em suma, o Inferno é a primeira das três partes e serve como uma introdução para o poema. Além disso, os três livros terminam com a mesma palavra: stelle. Em italiano, Stelle significa “estrelas”.

O resumo

Ao percorrer seu caminho, Dante Alighieri cruza com amigos, conhecidos, figuras públicas ou do universo pessoal do autor. Os encontros são, na verdade, um pretexto para o autor debater os mais variados temas.

Na introdução, enquanto está no inferno, Dante recebe a ajuda do poeta romano Virgílio, que serve como uma espécie de guia. Para quem não sabe, Virgílio, autor dos tempos de Júlio César, foi um dos maiores poetas da Antiguidade. Dante era um admirador profundo da poética de Virgílio, por isso, a homenagem.

Entretanto, na segunda parte, quando está no céu, quem ocupa o lugar de Virgílio é Beatriz. Beatriz foi a paixão platônica de Dante durante a adolescência. Entretanto, no poema, Beatriz é símbolo do amor divino e é responsável por guiar o poeta para fora da selva.

Ao longo do poema, observamos como o protagonista é alvo de tentações que vão se apresentando pelo percurso. Nesse sentido, muitos consideram A Divina Comédia como uma obra moralizante. Isto é, uma obra que, mesmo apresentando elementos pagãos, reafirma os valores cristãos.

Os 9 círculos do inferno de Dante

O primeiro círculo, “O Limbo”, é aquele envolve todas as almas sem batismo. Ali, a punição é a eternidade. Ali, Deus não se faz presente. Em seguida, temos o segundo círculo, o “Vale dos Ventos”. É no vale onde são realizados os julgamentos dos pecadores. Já o terceiro círculo, “O Lago da Lama” é reservado aos que sucumbiram ao pecado da gula.

O quarto círculo, conhecido por “A Colina da Rocha”, é destinado aos avarentos e pródigos. Em suma, neste círculo, as riquezas materiais vindas da vida terrena transformam-se em enormes barras de ouro. “O Rio Estige”, o quinto círculo, recebe aqueles que cometeram o pecado da ira. Aqui, as almas pecadoras lutam entre si e Lúcifer, que aparece como espectador, está escondido.

O sexto círculo, “O Cemitério de Fogo”, é destinado aos hereges, aqueles que não reconheciam a existência de Deus. Já o sétimo círculo, “O Vale do Flegetonte”, é designado aos violentos. O oitavo círculo, “O Malebolge”, é dividido em dez fossos, nos quais diversos pecadores são punidos.

Por fim, o último círculo do inferno, “O Lago Cocite”, é o abismo gelado de Lúcifer, no qual acontece a punição pelo pecado da traição.

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