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O que podemos aprender com o surto de poliomielite dos anos 1950?

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Em seu auge, no ano de 1952, a poliomielite matou mais de 3.100 americanos. Contudo, três anos depois, foi derrotada com a vacina desenvolvida por Jonas Salk. No entanto, essa luta é resultado de um esforço coletivo muito maior e que, inclusive, pode servir como exemplo para os tempos atuais. Afinal, o que podemos aprender com o surto de poliomielite dos anos 1950?

Para muitos de nós, o medo e a incerteza em torno da pandemia do novo coronavírus podem parecer sentimentos exclusivamente novos. Entretanto, tudo isso é estranhamente familiar para aqueles que viveram a epidemia do século passado.

Ninguém sabia como o vírus se espalhava ou o que fazer para se proteger

Bem como em um filme de terror, durante a primeira metade do século 20, o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, atingiu o mundo sem nenhum tipo de aviso prévio. De fato, nem ao menos se sabia o que fazer naquele momento. Isso porque, não havia cura ou vacina conhecida.

Assim, nas quatro décadas seguintes, piscinas e cinemas fechavam durante a estação da pólio. Afinal, como lutar como um inimigo invisível? Dessa forma, pais pararam de enviar seus filhos para parques ou festas de aniversário como medo da doença.

No surto de 1916, profissionais de saúde de Nova Iorque passaram a remover crianças de parques e até de suas próprias casas. Com isso, elas eram retiradas e isoladas em sanatórios. Por esse e outros motivos, antes de uma vacina estar disponível, a poliomielite causava mais de 15 mil casos de paralisia por ano nos EUA. Essa foi, de fato, a doença mais temida do século 20.

Podemos afirmar que o desenvolvimento de uma vacina foi resultado de um esforço coletivo. Assim, podemos citar desde o presidente americano Franklin Roosevelt até aqueles que trabalharam em laboratórios e pessoas que se voluntariaram para testes. Na época, também houveram muitos casos de fake news. Em um deles, por exemplo, afirmava-se que água poderia curar a doença. No entanto, foi a resposta da comunidade científica que levou a uma cura. Também havia teorias selvagens de que o vírus se espalhava a partir de bananas importadas ou gatos vadios.

Em busca de uma vacina para a poliomielite

Com uma versão “morta” do vírus, a vacina contra a poliomielite foi desenvolvida através do trabalho minucioso de Jonas Salk e de esforços públicos para financiar pesquisas. Sem isso, a vacina teria levado muito mais tempo para ser encontrada e mais vidas teriam sido perdidas. Dessa forma, a erradicação da doença só foi possível a partir do momento em que isso se tornou uma prioridade.

Depois de encontrar a vacina, Jonas Salk se recusou a patentear seu trabalho. Segundo ele, a vacina pertencia ao povo e patenteá-la seria como “patentear o Sol”. Depois disso, os principais fabricantes de medicamente disponibilizaram a vacina, e mais de 400 milhões de doses foram distribuídas entre 1955 e 1962. Para se ter uma ideia, durante esse período, os casos foram reduzidos em 90%. Além disso, no final do século, o medo da poliomielite já havia se tornado uma mera lembrança do passado.

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