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O que realmente aconteceu com as pessoas que inspiraram Chernobyl, a nova série da HBO

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Após cinco episódios, assistimos a conclusão da minissérie Chernobyl da HBO. No episódio final, foi apresentada a consequência para vários indivíduos envolvidos com o desastre. Enquanto o episódio aborda de uma forma genial a dramaticidade do evento histórico, também apresenta o que aconteceu com vários personagens apresentados na série.

O destino de muitas das figuras associadas ao desastre nuclear foi apresentado em diferentes pontos da minissérie, incluindo o suicídio de Valery Legasov que abriu a narrativa. O êxito da série foi conseguir representar a complexidade do impacto do incidente, não apenas para aqueles afetados diretamente, mas para todos nós que vivemos hoje. Mesmo com a fiel adaptação apresentada pela série, vale a pena conferir o destino de algumas pessoas apresentadas pela obra de Craig Mazin.

Valery Legasov

O cientista responsável por lidar com o desastre nuclear, Valery Legasov, é o mais próximo que temos de um protagonista na série da HBO. Além disso, a narrativa desenvolvida para Legasov em Chernobyl é muito próxima do que aconteceu com o investigador na vida real. Aos 51 anos de idade, o químico tirou a própria vida. Legasov morreu em 27 de abril de 1988, dois anos e um dia após o incidente nuclear. Embora na realidade não se saiba ao certo o motivo do suicídio, na série, fica implícito que o ocorrido está associado à tragédia com o reator.

A implicação surgiu a partir de uma entrevista de Inga Valerievna, a filha do cientista. Valerievna disse ao Moskovskij Komsomolets, um jornal russo, que seu pai mudou após o desastre. “Ele [Legasov] era um patriota. Se preocupou seriamente com o que aconteceu, com o país e com as pessoas afetadas pelo acidente”, relatou ela. “Essa agitação misericordiosa, que era inerente dele, aparentemente o queimou de dentro pra fora”.

Boris Scherbina

Na série, foi apresentado que o gestor da crise ocasionada pelo desastre nuclear ficou doente devido sua exposição à radiação. Boris Shcherbina morreu aos 70 anos em agosto de 1990, quatro anos e quatro meses após o desastre. Nos anos seguintes ao incidente radioativo, ele trabalhou auxiliando na gestão do desastre ocasionado pelo Sismo de Spitak, um terremoto que fez aproximadamente 50 mil vítimas na Armênia.

Viktor Bryukhanov, Anatoly Dyatlov e Nikolai Fomin

Os homens, caracterizados como responsáveis pelo incidente de Chernobyl, foram sentenciados a dez anos de trabalho forçado por sua culpa no desastre. Após o cumprimento da pena, Fomin passou a trabalhar em uma usina em Kalinin, na Rússia. Dyatlov recebeu anistia e foi libertado após cumprir cinco anos da sentença. O engenheiro, assim como Scherbina, morreu em decorrência de uma insuficiência cardíaca originada por uma doença relacionada à radiação. Bryukhanov também cumpriu apenas metade de sua pena e atualmente vive em Kiev, uma cidade na Ucrânia. O arquiteto até hoje defende que as verdadeiras causas do desastre de Chernobyl não foram reconhecidas pelo governo da Rússia.

Lyudmilla Ignatenko

A esposa de um dos bombeiros que trabalharam em Chernobyl também é uma das personagens da minissérie. A narrativa apresentada pela produção da HBO acompanha a sequência de acontecimentos na vida de Ignatenko, até um pouco depois do nascimento de sua filha. Tragicamente a criança morreu logo em seguida devido a problemas relacionados à radiação. Isso aconteceu na vida real também. Além de perder a filha e o marido, Lyudmilla Ignatenko sofreu múltiplos derrames e foi diagnosticada como estéril. Contudo, os médicos se provaram errados, visto que hoje Ignatenko vive com seu filho na Ucrânia.

Os mineiros

Após o desastre, um grupo de aproximadamente 400 mineiros foi trabalhar em Chernobyl a fim de prevenir uma fusão nuclear. De acordo com o final da minissérie, aproximadamente 100 desses trabalhadores morreram antes de completarem 40 anos de idade.

Os mergulhadores

Um dos momentos mais sensíveis de Chernobyl é quando três homens se voluntariam para mergulhar nas águas contaminadas da construção do reator com o objetivo de abrir portões e prevenir uma catastrófica fusão nuclear. Foi amplamente divulgado que os mergulhadores morreram devido suas ações. Todavia, os três sobreviveram após serem hospitalizados e dois deles se encontram vivos.

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