Okinoshima, a ilha japonesa que nenhuma mulher pode por os pés

É muito comum nos depararmos com lugares que são totalmente restritos a algumas pessoas. Segurança e exclusividade podem ser motivos para tanta restrição.

Mas, será que você sabia da existência de uma pequena ilha no Japão que apenas homens podem andar sobre ela? Bom, a ilha se chama Okinoshina e faz parte da cidade de Munakata, na província de Fukuoka. O local tem uma importância histórica muito forte, e acabou se tornando um Patrimônio Mundial da UNESCO.

Em séculos passados, o comércio marítimo era muito forte na região do Leste Asiático. A ilha era usada como local espiritual, onde homens passavam para rezas, antes de iniciar suas viagens. Muito tempo se passou, e os viajantes deixaram inúmeras oferendas para deuses, como espadas, joias e outros tesouros. Essas artefatos deixados são mais antigos do que alguns rituais religiosos do Japão, o que os torna extremamentos valiosos. Esses itens são protegidos como tesouro nacional pelo governo japonês.

Mesmo nos dias atuais, a ilha ainda é considerada por muitas pessoas como “sagrada”, costumes rigorosos das tradições xintoístas ainda são praticadas por lá, o que explica a proibição de mulheres no local. Existem diversos tipos de teorias para tentar explicar o porque da restrição, mas a mais aceita é que as mulheres que estivessem menstruadas estariam desrespeitando o local.

Xintoísmo é uma crença religiosa que surgiu no Japão, formada por uma série de lendas e mitos que explicam a origem do mundo, da vida e da família imperial japonesa.

O xintoísmo é uma religião baseada no respeito e culto da natureza, sendo considerada uma grande aliada e imprescindível para a existência da vida na Terra. A relação homem-natureza é o ponto central do xintoísmo. Esta é uma crença panteísta, ou seja, acredita que todos os elementos são Deus (é composto pelas substâncias, forças e leis da natureza).

Ainda não existem planos para tornar a ilha acessível para mulheres. No início desse ano, um grupo hindu dos Estados Unidos exigiu que a UNESCO retirasse o título de Patrimônio Mundial da ilha Okinoshima, a menos que as mulheres pudessem entrar, mas os pedidos não foram atendidos.

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