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Onda de calor com 5°C acima da média chega ao país. Saiba lugares atingidos

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Com o passar dos anos, a temperatura média de todo o mundo tem sofrido altas terríveis. Isso pode ser visto com a forte onda de calor que atingiu várias regiões do mundo em 2023. E ao contrário do que muitas pessoas pensaram, essas ondas não acabaram.

Isso porque, uma nova onda de calor está agindo no Brasil e pode afetar algumas regiões do país durante mais de cinco dias. De acordo com o Climatempo, o previsto é que a temperatura fique 5°C acima da média prevista para fevereiro.

De acordo com o portal de meteorologia, os locais mais afetados serão a região Sul e o estado de Mato Grosso do Sul. Nesses locais as temperaturas começaram a subir já no último final de semana.

Onda de calor

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Mais especificamente no Rio Grande do Sul as temperaturas podem chegar quase aos 40°C. Enquanto no oeste do Paraná, os termômetros marcarão entre 36 e 38°C nos próximos dias.

Além dessas regiões, mais lugares devem ter esse aumento de mais de 5°C da sua média para o mês. São eles: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além do sul do Mato Grosso do Sul.

Os termômetros em Santa Catarina devem chegar aos 38°C e podem chegar nos 40°C na divisa com o Rio Grande do Sul e a Argentina. O estado está em um alerta de calor intenso, e ele deve ficar pelo menos até o dia nove. Até o momento, o pico de calor foi visto em Itapiranga, fronteira com a Argentina, na segunda-feira dessa semana, com a temperatura de 43,0°C.

Ainda de acordo com as previsões, essa onda de calor não deve afetar as outras regiões do país.

Perigos

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Quando o calor representa um perigo para a saúde? Essa é uma preocupação extremamente válida porque o calor pode sim matar de várias formas diferentes. Na maior parte dos casos, essas mortes são por conta da umidade e hidratação, ou a falta dela.

O que muitos podem não saber é que os perigos causados por ele podem acontecer tanto no tempo seco como no úmido, o que difere são as consequências para o corpo. Por isso que o importante é que os cuidados básicos sejam mantidos, como por exemplo, hidratação e ficar longe do sol quando as temperaturas estiverem altas, principalmente crianças, idosos ou pessoas com doenças crônicas.

Como os humanos são mamíferos, são animais de sangue quente. Além disso, temos um mecanismo interno de regulação de calor, em que o corpo tende a fazer de tudo para manter uma média de temperatura aproximada de 36,5°C. Quando a pessoa é exposta a uma grande quantidade de calor, medidas são tomadas para resfriar o corpo, sendo a mais comum o suor.

Desidratação

Quando a pessoa sua é óbvio que ela está perdendo líquido. Então, se a água que foi perdida nesse processo não for reposta, a pessoa pode ficar desidratada. Isso, dentre outras consequências, faz com que o volume de sangue circulando diminua e isso interfere na pressão arterial. Além disso, o sangue também fica mais espesso e todos esses fatores aumentam as chances de ele coagular.

Problemas cardiovasculares

Para tentar dissipar o calor, o coração bombeia mais rápido. Justamente por isso que as pessoas que têm problemas cardíacos quando acontece um aumento grande de temperatura têm mais chances de ter infarto, arritmia, AVC e entupir veias.

Distúrbios nervosos e musculares

O suor em excesso também desbalanceia a quantidade de eletrólitos nos fluidos corporais, isso pode ter efeito nas funções musculares e nervosas. Nos casos mais graves, as consequências são convulsões, espasmos cardíacos e dificuldades para respirar.

Hipertermia e falência dos órgãos

Se a pessoa chegar no ponto de uma desidratação severa, o corpo começa a guardar o resto de água e diminui o suor. Quando o suor para, ou o clima está muito quente e úmido para que ele funcione, a temperatura do corpo aumenta. Se ela chegar nos 42°C, começa a desnaturação das proteínas, o que leva à falência dos órgãos e prejudica as células nervosas, podendo levar à morte.

Morte

Logicamente, a pior causa que o aumento de temperatura pode trazer é a morte. E os números assustam. De acordo com um levantamento feito pela revista Nature, em 2022, as temperaturas altas foram a causa de 6% das mortes na América Latina.

Esse estudo foi feito analisando mais de 15 milhões de óbitos. Como conclusão foi visto que as temperaturas extremas estavam relacionadas com as mortes de pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias, principalmente crianças e idosos.

E como a morte por calor acontece? Esse processo de degradação do estado de saúde provocado pelo calor é chamado hipertermia. Ela é quando o corpo fica com uma temperatura mais elevada do que o normal e gera desequilíbrios graves. “O organismo começa a ‘cozinhar’ por dentro, desequilibrando todo o metabolismo”, explicou Carlos Machado, clínico geral especialista em medicina preventiva.

Esse “cozimento” por dentro é, na realidade, o processo que começa com a alteração das proteínas que estão presentes no sangue e termina com complicações nos órgãos vitais.

No caso do processo de hipertermia, existem três tipos diferentes. A clássica, que está relacionada à exposição excessiva ao calor e ao sol; a de esforço físico, que acontece quando a pessoa faz alguma atividade e o corpo não consegue voltar para sua temperatura normal; e a maligna, que resulta do uso de determinados medicamentos, como analgésicos. Ela normalmente acontece com pessoas de lugares que têm um clima ameno, mas que às vezes passam por ondas de calor.

Assim como qualquer outra doença, a hipertermia também tem seus sintomas. São eles: transpiração excessiva, dores de cabeça, tontura, fraqueza, cãibras, alucinações, convulsões, pressão arterial baixa, respiração curta e acelerada, desmaios, náuseas e vômitos.

Fonte: Olhar digital, CanaltechG1

Imagens: Olhar digital

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