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Onde moravam os primeiros humanos da Europa? Pesquisa aponta nova resposta

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Um estudo recentemente publicado na Nature revelou que os primeiros humanos a habitar a Europa estiveram nas proximidades de Korolevo, na Ucrânia, aproximadamente 1,4 milhão de anos atrás.

A pesquisa, liderada por Roman Garba, da Academia Tcheca de Ciências, se baseou em evidências encontradas, principalmente ferramentas de pedra.

Para chegar nessa conclusão, o estudo utilizou modelos matemáticos avançados, juntamente com técnicas de física nuclear aplicada. Assim, durante quatro anos, cientistas de cinco países e dez instituições de pesquisa colaboraram na investigação.

Anteriormente, a evidência mais antiga de vida humana na Europa era de Atapuerca, na Espanha. No entanto, os habitantes de Atapuerca teriam chegado lá aproximadamente 200 a 300 mil anos após os habitantes de Korolevo.

Via Wikimedia

Esses “primeiros humanos europeus” teriam se beneficiado de períodos interglaciais com temperaturas amenas.

Roman Garba comentou em um comunicado da Academia Tcheca de Ciências que, com base em modelos climáticos e dados de pólen coletados no local, identificaram três possíveis períodos interglaciais com temperaturas amenas, nos quais os primeiros hominídeos poderiam ter chegado a Korolevo.

Ele também acrescentou que é provável que esses habitantes tenham chegado lá através do corredor migratório do Rio Danúbio.

Início do povoamento

Essa é mais uma evidência que ajuda a construir a história do povoamento global, começando pelo continente Europeu, onde historiadores acreditam que teria sido mais fácil de alcançar.

Isso porque o processo foi complexo, e ocorreu ao longo de milhares de anos, envolvendo uma série de migrações e adaptações humanas.

Os primeiros povos, conhecidos como hominídeos, apareceram na África há cerca de 2-3 milhões de anos.

Esses primeiros hominídeos, como o Australopithecus afarensis, eram principalmente nômades e viviam de caça, coleta e provavelmente também de scavenging.

A migração para fora da África foi um dos eventos mais importantes na história da humanidade. Acredita-se que essa movimentação aconteceu há cerca de 1,8 milhão de anos, embora haja debate entre os pesquisadores sobre a data precisa.

Os primeiros hominídeos a deixar a África podem ter sido representados por espécies como o Homo erectus, que tinham habilidades de fabricação de ferramentas mais avançadas e provavelmente foram capazes de enfrentar uma variedade de ambientes.

Nesse caso, eles aproveitaram a estrutura geológica do mundo para auxiliar em sua peregrinação. Afinal, com a Pangeia, os territórios ainda eram bem unidos, embora sofressem com climas diferentes em cada localidade.

Dessa forma, para os primeiros humanos que saíam da África, era interessante explorar locais logo acima, onde era possível alcançar por terra.

Combinação de fatores

Esses primeiros humanos que chegaram na Europa se utilizaram de vários fatores, especialmente naturais. Conforme a nova pesquisa indica, o uso do Rio Danúbio aponta uma proximidade com locais mais úmidos, especialmente para plantio e subexistência.

Via Wikimedia

Nesses locais, seria mais simples encontrar alimentos, raízes e plantas frutíferas, além de seguir o curso do rio como meio de localização. Desse modo, os primeiros humanos conseguiram uma trajetória mais segura por terra, chegando na Europa.

Posteriormente, também migraram para a Ásia, e, dando a volta pelos territórios glaciais, conseguiram chegar na América. Elementos como mudanças climáticas, disponibilidade de recursos, competição com outras espécies e curiosidade exploratória motivaram esses povos ao longo dos milhares de anos.

À medida que esses grupos migravam, eles se adaptavam aos diferentes ambientes encontrados, desenvolvendo novas tecnologias, habilidades e culturas.

Por exemplo, na Europa, os primeiros humanos enfrentaram períodos glaciais durante a última Era do Gelo, o que influenciou suas estratégias de subsistência e estilo de vida.

As investigações continuam, mas saber o ponto de partida desses povos na Europa contribui para escavações mais precisas, e, consequentemente, mais informações sobre nosso passado.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: Wikimedia, Wikimedia

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