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Oppenheimer: por que as explosões em Hiroshima e Nagasaki não aparecem?

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No dia 20 de julho, o aguardado filme Oppenheimer saiu nos cinemas, mas surpreendeu ao não mostrar as explosões de Hiroshima e Nagasaki.

A obra cinematográfica leva a assinatura do renomado diretor Christopher Nolan, conhecido por suas produções marcantes. O filme traz a história de Robert Oppenheimer, uma figura notável e controversa no cenário histórico.

Nessa narrativa, o talentoso ator Cillian Murphy assume o papel principal, trazendo vida e profundidade ao icônico personagem.

A trama busca explorar a vida complexa e as contribuições do cientista, cujo nome está intrinsecamente ligado ao Projeto Manhattan. Essa iniciativa histórica resultou no desenvolvimento das primeiras bombas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar do enfoque centrado em Oppenheimer, o filme apresenta uma abordagem singular ao retratar a história, pois opta por não mostrar as explosões de Hiroshima e Nagasaki, momentos que se tornaram símbolos marcantes dos horrores da guerra.

De maneira imparcial e sem formalidades, Oppenheimer busca proporcionar ao espectador uma experiência cinematográfica envolvente, e tem um motivo para esse desenvolvimento sem incluir os dois eventos catastróficos.

Via IGN

Nolan optou por não incluir explosões de Hiroshima e Nagasaki

Há dois motivos relevantes pelos quais o filme Oppenheimer optou por não contar as explosões Hiroshima e Nagasaki.

Em primeiro lugar, o objetivo primordial da obra cinematográfica não era focalizar as consequências catastróficas da criação da bomba atômica, mas sim explorar o intrincado processo de sua concepção.

Ao direcionar sua narrativa para o período em que o projeto se desenvolvia, o filme busca aprofundar-se nos aspectos científicos, políticos e éticos que permearam esse momento histórico singular.

Dessa forma, caminha somente até o clímax das primeiras explosões, mas sem trazer profundamente esse momento no filme em questão.

Visão singular

Além disso, o aclamado diretor Christopher Nolan, com sua visão singular e sensibilidade artística, optou por conferir um ar mais dramático ao filme, buscando ir além de uma mera abordagem documental.

Em vez de se limitar a uma recriação factual dos eventos, Nolan aspirava a mergulhar nas motivações e dilemas enfrentados por Robert Oppenheimer e sua equipe durante o árduo processo de desenvolvimento da bomba atômica.

Dessa forma, o filme procura apresentar uma perspectiva mais íntima e emocional, permitindo ao público uma conexão mais profunda com os personagens e suas vivências.

Essa abordagem, combinada com o talento notável de Cillian Murphy na interpretação de Oppenheimer, resulta em uma obra cinematográfica cativante e envolvente.

Sendo uma obra de contexto artístico, o filme foca na versão reflexiva, e acredita que essa visão se aproxima mais da intenção real do filme.

Assim, ao enfatizar o processo de criação da bomba atômica e ao agregar um tom dramático à narrativa, Oppenheimer estabelece uma obra única, e um dos maiores trabalhos de Nolan até o momento.

Procedência histórica

Via CanalTech

Além disso, Nolan afirmou que gostaria de se manter com uma procedência histórica no filme, que segue a visão do físico. Afinal, nós sabemos mais do que ele sabia na época.

Isso porque Oppenheimer descobriu sobre a explosão de Hiroshima e Nagasaki pelo rádio, como todas as pessoas. Na época, não estava mais a frente do projeto, uma vez que atingiu seus objetivos.

Dessa forma, o diretor se manteve atento ao roteiro, querendo exibir as impressões e a jornada do criador, e não da História em si. Por isso, as cidades japonesas não entraram na narrativa.

Ainda, vale reforçar que o diretor não gostaria de traumatizar os espectadores com imagens dramaticamente visuais, mas sim trazer reflexões e filosofia. Afinal, Oppenheimer também passa por dilemas morais ao longo da sua criação.

Por isso, não vemos as famosas explosões, mas é possível imaginar o desfecho conforme a trama se encerra.

 

Fonte: CanalTech

Imagens: IGN, CanalTech

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