Curiosidades

Parente humano de 555 milhões de anos parece ter sido encontrado em registro fóssil

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Todos sabemos que os humanos modernos são uma mistura de vários outros hominídeos, que viveram antes de nós. Eles são os nossos ancestrais. Segundo a história, os primeiros humanos modernos começaram a emergir na África e se espalharam por toda a Eurásia. Lá, eles se depararam com vários hominídeos mais antigos, tais como os neandertais e os denisovanos. E evidências dessa união feita entre eles são vistas até hoje em nosso DNA.

Mas como nossa história é bastante mutável, graças às descobertas feitas ao  longo do tempo, uma equipe liderada por por Scott Evans, do Museu Nacional de história Natural Smithsonian, dos EUA, achou uma nova evidência.

A criatura foi recém descoberta, em rochas no estado da Austrália Meridional. Ela parece ser uma mini-jujuba. E é o parente em comum mais distante de nós humanos e da grande maioria dos animais já encontrados.

“A principal descoberta desse artigo é que este é possivelmente o bilateral mais antigo e reconhecível registrado. Como humanos são bilaterais, nós podemos dizer que esse é um parente muito antigo e possivelmente um dos primeiros na diversificada árvore da vida bilateral”, explica Evans.

Os organismos que são bilaterais têm uma parte frontal e posterior. E um plano de simetria que tem como resultado um lado direito e um esquerdo. Além de, frequentemente, um sistema digestivo com duas aberturas em extremidades opostas. Alguns exemplos de criaturas bilaterais são nós humanos, porcos, borboletas e  caranguejos. E águas-vivas e poríferos, por exemplo, não são.

Descoberta

A criatura encontrada é bem pequena, tendo entre dois e sete milímetros de comprimento. E ela tem uma extremidade mais larga que a outra. Por causa dessa sutil diferença, é que ela é classificada como uma animal que tem frente e costas.

O organismo recebeu o nome de Ikaria wariootia, em homenagem ao riacho Warioota, que fica perto de onde o fóssil foi encontrado. E não foi somente um exemplar que foi encontrado pelos pesquisadores, foram centenas. A descoberta é bastante surpreendente porque é bem difícil encontrar animais de corpo tão mole, datados de tão antigamente.

E segundo o professor da Universidade de Cambridge, Simon Conway Morris, as descobertas feitas pela equipe são bastante empolgantes. “Embora os minúsculos fósseis estejam perto dos limites de resolução, ambos sugerem tentadoramente uma criatura muito próxima do ancestral mais antigo conhecido de todos os animais avançados. E, ainda mais intrigante, uma provável associação com pequenos vestígios feitos à medida que o animal forjou através do sedimentos em busca de comida”, ressalta.

Ele é um antepassado comum entre peixes, anfíbios, répteis, pássaros e mamíferos. É possível que o habitat dele tenha sido sedimentos em ambientes marinhos rasos. E que ele se locomovia, através da contração de grupos de músculos.

“Também podemos ver pelas tocas que ele alvejava comida e oxigênio, o que nos diz que ele era capaz de sentir as coisas em seu ambiente”, disse Evans.

Ikaria wariootia provavelmente comia matéria orgânica ou então animais mortos. De acordo com os pesquisadores, esses animais devem ter tido algum tipo de sensor para conseguir encontrar seu alimento e o oxigênio. E teria boca e ânus conectados por um intestino. O estudo que achou o fóssil foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences”.

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