Por Imaginar a vida hoje sem internet é uma coisa quase impossível. Ela já foi tida também como uma terra sem leis e um espaço em que, se algo for postado, irá ficar lá para a eternidade. Contudo, a realidade parece não ser essa. Isso porque conforme a quantidade de conteúdo vai aumentando, é preciso mais espaço para que os dados sejam armazenados. E a solução para isso é excluir as informações antigas, ou seja, uma parte da internet está desaparecendo.
Nesse ponto, um agravante pode ser a inteligência artificial (IA). Isso porque quanto mais essa tecnologia produz, mais espaço é necessário na internet. Contudo, isso pode acabar afetando os próprios autores dos conteúdos e os internautas.
De acordo com um estudo feito pelo Pew Research Center, um quarto de todas as páginas da internet que já existiram em algum momento entre 2013 e 2023 não existem mais. Para se ter uma noção, de todas as páginas que existiam em 2013, 38% não funcionam. E 8% dos conteúdos postados em 2023 desapareceram até outubro do mesmo ano.
Internet está desaparecendo
Olhar digital
De acordo com um coluna do The Verge, a internet estar desaparecendo tem dois fatores agravantes que ajudam: a IA e a própria noção de autoria. Isso porque com a popularização da IA, qualquer pessoa pode “criar” textos, imagens e até mesmo vídeos. Como consequência, isso traz mais conteúdos para a internet e aumenta a necessidade de espaço para armazenar tudo isso. No fim das contas, os conteúdos antigos são apagados.
O problema da internet estar desaparecendo é porque a inteligência artificial é alimentada por ela, até com conteúdos da década passada. Isso mostra que a tecnologia está se baseando em textos que, em um futuro próximo, já não irão existir mais. Consequentemente, o futuro online irá ser uma grande repetição dos dados que já foram usados pela IA.
Outro problema que isso traz é o de autoria. Nesse caso, um autor que publica seu trabalho online e eles desapareçam, a própria identidade dele deixa de existir. Isso traz mais dificuldades para que os pesquisadores, jornalistas e pessoas que queiram chegar até as informações originais consigam saber de onde ela vem.
Fonte: Olhar digital
Imagens: Olhar digital
